| 24/07/2006 16h15min
O líder do Partido Liberal-Democrata do Reino Unido, Menzies Campbell, pediu hoje ao Governo que interrompa imediatamente as exportações de armas a Israel, tendo em vista a ofensiva "desproporcional" do país contra o Líbano. Em carta ao primeiro-ministro Tony Blair, o líder lembrou que vender armamento a Israel na atual conjuntura representa uma violação da própria legislação britânica sobre armas.
Segundo Campbell, nos últimos 18 meses, o Executivo concedeu licenças no valor de 25 milhões de libras autorizando a venda de peças para armas navais leves, helicópteros militares, radares e equipamento bélico eletrônico.
– O Governo faz bem em assegurar-se de que não haja transferências de armas diretas ou indiretas do Reino Unido à Síria, Irã ou a grupos ilegais como o braço armado do Hezbollah – afirmou o deputado em sua carta.
Mas Campbell lembrou que o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, qualificou os ataques israelenses contra o Líbano como um castigo coletivo, enquanto o Coordenador da Ajuda de Emergência do organismo tem descrito os ataques como "violação da lei humanitária".
– O Governo deve agora cumprir com suas próprias normas sobre a exportação de armas e instaurar uma suspensão imediata de todas as exportações de armas a Israel – disse o liberal-democrata.
Em declarações à BBC, Campbell argumentou que, com a suspensão das exportações, o Governo britânico finalmente reconheceria a análise de Annan de que a ofensiva israelense é "desproporcional".
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