| 22/07/2006 12h49min
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas (CPI), deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), defendeu que dois integrantes da comissão se afastem até o esclarecimento das denúncias de que estariam envolvidos com o esquema de compra superfaturada de ambulâncias, que a própria CPI investiga. O primeiro é deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), titular da comissão, e o segundo é o do senador Jonas Pinheiro (PFL-MT), marido da deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT). Tanto Gadelha quanto Celcita foram citados no depoimento do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio da Planan e um dos articuladores do esquema de fraudes.
– Entendo que já que se tornou público esses nomes, eles deveriam se afastar da CPI, mas isso não significa que sejam culpados – diz o presidente da CPI ao enfatizar que a decisão cabe agora aos líderes partidários, os responsáveis por indicar os integrantes da comissão. No caso do PSB, o deputado Alexandre Cardoso (RJ), líder do partido, disse que conversou por telefone com Gadelha. – Ele vai apresentar defesa à CPI e deixará a critério da comissão o seu afastamento ou não. Diante disso, não vamos substitui-lo na CPI – afirmou. O líder do PFL, o senador José Agripino (RN), também disse que não vai afastar o senador Jonas Pinheiro da CPI. – O Pinheiro não será afastado da CPI. O partido confia nele. Somente se ficar comprovada a culpa, o PFL tomará uma atitude – relatou. Os nomes dos dois parlamentares foram citados no depoimento sigiloso do empresário preso em Cuiabá, mas os dados foram abertos pela imprensa. Nenhum dos dois está entre os 57 parlamentares investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal. AGÊNCIA BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.