A aviação de Israel bombardeou hoje as regiões de Tiro e Nabatiyeh, ao sul do Líbano, no 10º dia de ofensiva militar, que já causou a morte de pelo menos 364 pessoas. Os ataques deixaram pelo menos um morto e oito feridos, segundo a Agência Nacional de Notícias (ANN). Na aldeia de Jbal el-Botton, também no sul, morreu uma menina de 11 anos. Seu pai e um de seus irmãos foram feridos por disparos do Exército israelense.

O ministro da Saúde, Mohamad Jalife, informou ontem à noite que o número de mortos pela ofensiva tinha chegado a 362. Jalife lembrou que quase 500 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas e se encontram numa situação catastrófica.

O número dois do Hisbolá, xeque Naeem Qassim, acusou o Exército israelense de atacar civis porque "teme" uma ofensiva terrestre. Segundo o dirigente xiita, numa entrevista à televisão Al-Manar, do Hisbolá, o grupo tem "os meios necessários para impor uma verdadeira derrota política a Israel, debilitando sua capacidade militar".

Israel anunciou ontem que tinha matado 100 combatentes do Hezbollah. O ministro da Cultura libanês, Tareq Mitri, desmentiu a informação. Garantiu que dos mais de 300 mortos no Líbano só 20 eram combatentes da milícia. O Estado judeu, que reforçou a presença de suas tropas na fronteira, ocupou duas localidades no interior do território libanês, onde mantém tanques e um número reduzido de soldados, segundo o porta-voz das Forças das Nações Unidas, Milos Strueger.

AGÊNCIA EFE