| 18/07/2006 07h49min
Israel vai exigir o desarmamento completo do grupo xiita libanês Hezbollah e sua retirada da fronteira como condição primordial para acabar com a crise no Líbano.
As fontes políticas israelenses, citadas pelo jornal Ha'aretz, afirmaram que Israel não aceitará um fim das hostilidades, que só serviria para deixar a situação no mesmo ponto em que se encontrava quando a crise começou.
No caso de um cessar-fogo, o Hezbollah teria um ganho político, apresentando-se aos seus militantes como vencedor. Além disso, do ponto de vista militar, a trégua serviria para o grupo se rearmar e reorganizar. Assim, a situação seria a mesma, com risco de novos ataques da milícia xiita a Israel, segundo as fontes.
A chanceler israelense, Tzipi Livni, se reunirá hoje com uma delegação da ONU para analisar a possibilidade de um eventual cessar-fogo e seus desdobramentos.
A delegação, chefiada por Vijay Nanbiar, assessor político do secretário-geral Kofi Annan, chegou a Jerusalém após uma passagem por Beirute, onde na segunda-feira se reuniu com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora.
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, mencionou na segunda-feira a possibilidade de estabelecer uma zona de segurança em torno da fronteira com o Líbano. No entanto, a medida não seria suficiente para evitar os ataques com foguetes de longo alcance contra o território de Israel.
Por isso, segundo as fontes políticas citadas pelo Ha'aretz, seria preciso que o Hisbolá se desarmasse e se afastasse do sul do Líbano, onde seria substituído pelo Exército libanês. A medida já estava prevista na resolução 1.559 da ONU.
A comunidade internacional também pode aprovar o estabelecimento de uma grande força multinacional na região, segundo o jornal.
Até agora a crise matou 25 israelenses e cerca de 200 libaneses.
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