| 16/07/2006 14h23min
A milícia do movimento xiita libanês Hezbollah transferiu a frente de combate da zona fronteiriça para a retaguarda de Israel, com um ataque à cidade portuária de Haifa que causou a morte de oito pessoas e deixou 40 feridos, quatro deles gravemente. As oito vítimas faziam reparos em um trem numa estação ferroviária quando um dos foguetes disparados atingiu a plataforma da estação.
Os foguetes, de 220 milímetros e com um alcance de aproximadamente 43 quilômetros, atingiram a parte baixa da cidade, localizada em uma costa junto ao monte Carmelo e que possui 250 mil habitantes, sendo a terceira mais importante de Israel.
A possibilidade de um ataque ao principal centro industrial de Israel e onde se encontra o porto mais importante do país já havia ficado evidente há poucos dias, quando o Hezbollah disparou contra Haifa, mas não atingiu a região mais alta do monte Carmelo.
– Desde então, estávamos preparados e considerávamos a possibilidade de um ataque como o de hoje, mas não esperávamos que fosse utilizado esse tipo de míssil – disse em entrevista coletiva o general Itzjak Guershon, comandante-em-chefe do Comando de Defesa Civil.
O militar acrescentou que, de qualquer forma, se a população permanecer nos refúgios e procurar os andares mais baixos dos edifícios, as possibilidades de haver vítimas são relativamente baixas. Segundo o Exército, as armas utilizadas são de fabricação ou tecnologia iraniana, talvez síria também, como o foguete que causou a morte dos oito operários.
Ao longo da manhã, foram lançados cerca de dez foguetes contra Haifa e os alarmes soam a cada uma hora e meia, aproximadamente. À distância, é possível escutar o eco das explosões de foguetes que caem mais ao norte, em cidades como Akko, Carmiel e Naharia.
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