| 07/07/2006 19h37min
Derrotadas nas semifinais por França e Itália, respectivamente, as seleções de Portugal e Alemanha se enfrentam às 16h (de Brasília) deste sábado no Estádio Gottlieb-Daimler, em Stuttgart, dispostas a amenizar a decepção de seus torcedores com a conquista do terceiro lugar na Copa do Mundo da Alemanha.
Apesar de admitir que seus jogadores entrarão em campo pensando mais no que deixaram de ganhar do que no que podem conquistar, o técnico da seleção portuguesa, Luiz Felipe Scolari, espera um time motivado. A meta é vencer a partida e igualar a campanha do Mundial de 1966, a melhor da história do futebol português.
– O jogo pelo terceiro lugar é um sofrimento – declarou Felipão, explicando como pretende motivar seus jogadores. – Vamos usar imagens de Portugal durante as palestras e algumas palavras serão endereçadas a alguns atletas de forma individual – antecipou.
Felipão completará neste sábado 50 jogos no comando da seleção portuguesa. São 31 vitórias, 11 empates e sete derrotas. Ironicamente, a partida pode ser também a última do brasileiro no comando da seleção européia. De acordo com o jornal português Record, o técnico já teria tomado a decisão de não renovar seu contrato com a Federação Portuguesa.
Indefinições à parte, o treinador tem problemas com jogadores lesionados e não mandará a campo o time que gostaria. O lateral Miguel rompeu os ligamentos do joelho direito e será substituído por Paulo Ferreira. Já o zagueiro Ricardo Carvalho cumpre suspensão e cede lugar a Ricardo Costa. Mas de acordo com o meia Figo, os desfalques não atrapalharão em nada os planos dos portugueses.
– Muitos jogadores que estão nesta Copa do Mundo não vestirão mais a camisa da seleção e por isso ninguém quer se despedir com derrota. O terceiro lugar vai fechar com chave de ouro uma campanha histórica – afirmou o experiente meio-campista.
No lado da Alemanha, a eliminação diante da Itália foi ainda mais traumática. Anfitriões do Mundial, os torcedores alemães foram se empolgando aos poucos com o crescimento do time dirigido por Jürgen Klinsmann ao longo da competição e, após a queda da Seleção Brasileira, acreditaram que bastaria esperar até o dia 9 de julho para comemorarem a conquista do tetracampeonato.
Apesar da decepção, os torcedores alemães reconheceram a vibração e a vontade de vencer da seleção de seu país e receberam com festa a delegação na chegada a Stuttgart. Emocionados, Klinsmann e seus jogadores prometeram retribuir todo o carinho na partida deste sábado com a conquista da terceira posição.
– Queríamos muito ir à final, mas não fomos. Agora temos de dar o máximo por esta última partida. Vamos fazer tudo para sermos a 3ª melhor seleção do mundo – afirmou o técnico, especialmente motivado pelo fato da partida ser disputada em sua cidade natal.
Assim como o colega de profissão, Klinsmann mandará a campo um time desfigurado. O lateral Arne Friedrich, com uma lesão na coxa esquerda, foi vetado. O zagueiro Per Mertesacker está fora por causa de uma cirurgia no calcanhar esquerdo e o meia Ballack, com uma inflamação no joelho esquerdo, também não joga. Com isso, Jansen entra na lateral, Huth na zaga e Frings, que cumpriu suspensão contra os italianos, no meio.
A alteração mais significativa, no entanto, ocorrerá no gol. Titular da seleção da Alemanha no Mundial do Japão e da Coréia do Sul, Oliver Kahn vai começar jogando. Essa foi uma forma encontrada por Klinsmann e pelo titular Jens Lehmann para homenagear o goleiro veterano, apesar dele ter tumultuado o ambiente da seleção alemã no início da campanha ao afirmar que estava descontente e que não via motivos para ficar na reserva.
– O Kahn merece poder jogar uma partida de Copa do Mundo em seu país por tudo o que ele fez pelo futebol alemão. Ele foi espetacular durante toda a campanha, dando força ao elenco e não deixando a gente desanimar nem mesmo nos treinos – justificou Klinsmann.
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