| 07/07/2006 16h16min
Quem se atrasou um pouco para chegar à quadra central do All England Club certamente perdeu a maior parte do espetáculo. No primeiro jogo desta sexta-feira, o suíço Roger Federer mostrou por que é o melhor tenista do mundo ao passar como um trator pelo sueco Jonas Bjorkman e garantir vaga em sua quarta final consecutiva de Wimbledon.
De foram arrasadora e em apenas uma hora e 17 minutos, o número um do mundo não deu chances ao sueco de 34 anos e fechou o triunfo por 3 sets a 0, com fáceis 6/2, 6/0 e 6/2. Garantido na decisão, espera agora o outro confronto do dia, entre o espanhol Rafael Nadal, número dois do mundo, e o cipriota Marcos Baghdatis, para conhecer seu rival.
Caso dê Nadal, terá a chance de se vingar das derrotas nas finais de Roland Garros e dos Masters Series de Monte Carlo e Roma, todas no saibro, além de poder diminuir a grande desvantagem que tem no confronto direto com o tenista de 20 anos: 6 a 1. Se Baghdatis passar, a decisão será a mesma do Aberto da Austrália, em que venceu por 3 sets a 1.
Federer chegou nesta sexta a 47 vitórias consecutivas na grama, aumentando ainda mais seu já impressionante recorde. Ele não perde no piso desde a derrota na primeira rodada de Wimbledon de 2002, para Mario Ancic. De lá para cá, faturou três dobradinhas (em Halle e no Grand Slam) e agora luta pela quarta seguida.
Se vencer no domingo, será apenas o terceiro tenista na “Era Aberta” (a partir de 1968) a vencer Wimbledon por quarto vezes seguidas, juntando-se ao norte-americano Pete Sampras (1997 a 2000) e ao sueco Bjorn Borg, que venceu cinco títulos entre 1976 e 1980.
Justamente na semifinal, Federer enfrentou um dos tenistas mais “fracos” de sua chave até agora. Antes, havia passado por tenistas de peso como Richard Gasquet, ex-top 20, Tim Henman, quatro vezes semifinalita em Wimbledon, Thomas Berdych, cabeça 13, e Mario Ancic, sétimo favorito, sempre pelo mesmo placar: 3 sets a 0.
Bjorkman, por sua vez, vinha de campanhas surpreendentes e três vitórias em cinco sets, como nas quartas-de-final, quando derrotou o tcheco Radek Stepanek após salvar match point na quarta parcial. O sueco, apenas o 59º do mundo, é especialista em duplas e havia afirmado que chegar à semifinal era um sonho.
A partida desta sexta-feira foi iniciada com atraso de duas horas por causa da chuva. Mas logo que começou, ficou claro que Federer resolveria sua classificação de forma rápida. Logo de cara, partiu para cima do rival e acumulou quebras de saque sem muito trabalho.
No primeiro set, por exemplo, pulou à frente já no segundo game (2/1) e voltou a abrir no sétimo (5/2). A segunda parcial foi humilhante para o sueco. Ele não confirmou nenhum dos três serviços que teve e terminou com um vergonhoso 6/0. Sem diminuir o ritmo, Federer abriu 2/0 no último set, voltou a quebrar no quinto e, em seguida, fechou com seu saque a tranqüila vitória.
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