| 06/07/2006 21h17min
Itália e França vivem o clima de expectativa para a disputa da final da Copa do Mundo – no próximo domingo, às 15h (de Brasília), em Berlim. Os franceses bucam o segunto título, enquanto a Azzurra quer garantir o tetra mundial.
A seleção italiana se despediu nesta quinta dos torcedores de Duisburg com casa cheia. O último treino aberto realizado na cidade antes do embarque para Berlim - a delegação viaja nesta sexta de manhã e treina no final da tarde no Estádio Olímpico, palco da final – foi marcado pelo entusiasmo dos torcedores, que estão muito felizes não só com a classificação para a final mas também por a Azzurra ter acabado com a Copa para a Alemanha.
Mais de mil pessoas estiveram no CT do Duisburg, e provocaram um congestionamento no caminho para o local. Os titulares fizeram apenas uma corridinha leve em volta do campo e foram para
a sala de musculação. Dos reservas, os mais aplaudidos foram Gilardino (ouviu um coro de "parabéns a você" por ter feito aniversário quarta-feira) e Del Piero.
O treino foi o último com portões abertos, mas o primeiro com a bola que será usada na final - um modelo com detalhes em dourado que foi fabricado pela Adidas exclusivamente para o jogo que decidirá o título mundial.
Do lado Francês, o técnico Raymond Domenech, destacou as dificuldades que o seu time enfrentou para chegar à final. Os franceses começaram o Mundial na Alemanha sob críticas – empates com Togo e Suíça. Mas conseguiram se classificar e despacharam seleções ne peso nas fases seguintes: Espanha, Brasil e Portugal. Domenech
garante que o time chega para levar a taça e
não apenas disputa-la:
– Domingo, estaremos em Berlim para ganharmos o título e não apenas para participar da final – garantiu em entrevista coletiva em Hamerlin nesta quinta-feira.
O jogo de palavras mostra o espírito com que os franceses se preparam para enfrentar os rivais italianos. Desde quinta-feira, Domenech se comporta como porta-voz do grupo e apela para o discurso da união, da superação, da solidariedade para explicar as chaves do sucesso na competição deste ano. No melhor estilo manual de auto-ajuda, recordou que o time garantiu presença na festa do Estádio Olímpico depois de contrariar prognósticos gerais.
– Estivemos sempre com a faca na garganta.Chegou um momento em que nos demos conta de que ou nos uníamos ou seríamos massacrados – afirmou Domenech, com exagero, para mostrar como foi forte a pressão sobre uma geração vencedora e que está pronta para dar passagem aos novos talentos.
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