A média de gols da Copa da Alemanha (2,27 gols por partida), a mais baixa desde o Mundial da Itália (1990), deixou preocupado o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que busca fórmulas "para fazer com que o futebol volte a ser mais atrativo".

Se forem marcados poucos gols na final deste domingo, entre Itália e França, e na disputa pelo terceiro lugar, entre Alemanha e Portugal, um dia antes, a média de gols do atual torneio poderia ficar inclusive abaixo dos 2,21 registrados em média na Itália.

– O futebol não tem sido ruim, mas não há gols suficientes, e quando há poucos gols o público não mostra entusiasmo, porque a essência do jogo são os gols – disse Blatter à agência alemã DPA.

O dirigente suíço defende mudanças que possam ajudar os atacantes a furar cada vez mais o bloqueio das defesas adversárias.

– Teremos um longo encontro com os treinadores das 32 equipes do Mundial, que contará ainda com árbitros, médicos e o Grupo de Estudo Técnico da Fifa para ouvir o que têm a dizer para que o futebol seja ainda mais atrativo para o público – comentou.

Entre as medidas que estão sendo estudadas, estão uma que prevê o aumento da linha de gol e outra que pretende modificar as regras de impedimento. Mas Blatter já descartou uma idéia apresentada e que tinha como objetivo reduzir o número de atletas em campo para dez.

O presidente do Comitê Organizador do Mundial, Franz Beckenbauer, também falou hoje sobre a escassez de gols na Copa, e atribuiu a baixa média ao fato de que os jogadores se arriscam pouco no ataque:

– Há mais de 50 anos, Sepp Herberger (técnico que foi campeão com a Alemanha em 1954) disse que se ninguém chutar a gol, o jogo termina empatado. A bola é uma arma que deve ser utilizada – salientou o Kaiser.

AGÊNCIA EFE