Depois de anunciar o limite de gastos da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de R$ 89 milhões, o tesoureiro da campanha petista José de Filippi Junior rebateu as denúncias que vêm sendo publicadas sobre sua administração na prefeitura de Diadema. A principal denúncia diz respeito à origem de R$ 183 mil para pagamento de uma multa relativa a um processo de utilização da marca da prefeitura para promoção pessoal. Filippi garantiu que o dinheiro tem origem conhecida e idônea.

– Tenho certeza de que isso será esclarecido. Estou tranqüilo em relação a isso. Não tenho nenhum receio de que essa questão vai interferir na minha posição de integridade no trato do dinheiro público – disse Filippi, acrescentando que a ação "não tem a ver com ato ilícito, com sobrepreço ou com desvios de dinheiro público".

Assim como já havia afirmado o presidente nacional do PT, Berzoini, Filippi também disse estranhar que o Ministério Público tenha questionado a origem do dinheiro logo após o anúncio de que ele seria o tesoureiro da campanha de Lula.

– É uma contaminação do período eleitoral – afirmou.

Filippi, que pediu licença do cargo de prefeito a partir de hoje por três meses, admitiu que as denúncias vão ser usadas durante a campanha. Ele argumentou que ponderou com Lula e a coordenação de campanha que tem 10 anos de mandato de prefeito e que teve contas julgadas irregulares no Tribunal de Contas do Estado.

– Tenho tranqüilidade com relação a isso, pois tenho as explicações – disse o prefeito.

Berzoini voltou a defender Filippi argumentando que nenhuma das denúncias que pesam contra ele dizem respeito a atos de corrupção, de desvio de dinheiro público ou de enriquecimento ilícito.

– Temos total confiança no José de Filippi. Não haverá qualquer tipo de constrangimento para a campanha - disse.

AGÊNCIA O GLOBO