| 05/07/2006 10h23min
A partir de 25 de julho, celulares em mãos de apenados deverão ficar mudos em uma cadeia de Charqueadas. A promessa é da Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre, que desenvolve um projeto piloto em conjunto com operadoras e com a Secretaria da Justiça e da Segurança para tentar impedir contatos telefônicos entre presos.
– Se der certo, será uma iniciativa revolucionária no país – garantiu ontem o promotor Ricardo Herbstrith, responsável pelo estudo.
O nome da penitenciária em que o projeto é testado não foi revelado por Herbstrith. Ele também mantém sigilo sobre o funcionamento do sistema. Segundo o promotor, o segredo é importante para evitar a uma eventual reação dos detentos.
O promotor assegurou que a metodologia não requer a confecção de equipamentos, apenas uso de tecnologias já disponíveis, e que no Rio Grande do Sul não teria custo por se tratar de um projeto experimental.
Segundo Herbstrith, o
sistema terá condições de identificar e desligar os
aparelhos em poder de presos, sem afetar o funcionamento de celulares de funcionários das cadeias e dos moradores das redondezas.
– A linha fica sem sinal, e o celular também, mesmo trocando chip – salientou o promotor.
Se a experiência der resultado, deverá ser ampliada para outras cadeias do Rio Grande do Sul.
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