| 04/07/2006 11h26min
A informação de que o novo leilão da Varig, no próximo dia 12, será marcado por uma disputa, já que um grupo liderado por um ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) Roberto Procópio Lima Netto pretende oferecer US$ 600 milhões pela Varig, faz as ações da companhia novamente dispararem na Bolsa de Valores de São Paulo. Por volta das 11h01min, as ações preferenciais da Varig (VAGV4) apresentavam alta de 20,3%, sendo negociadas a R$ 4,81. Ontem, o papel da companhia fechou o dia com valorização epxressiva de 29%, com a divulgação da convocação de uma nova assembléia de credores da Varig.
A proposta da VarigLog para aquisição da Varig estará à disposição dos credores para consulta a partir desta terça até o dia 9, na sede da companhia. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, convocou assembléia de credores da Varig para o próximo dia 10. Em caso de aprovação da proposta apresentada pela VarigLog, o leilão ocorrerá dois dias depois.
A proposta prevê a manutenção e o cumprimeito dos compromissos anteriores do programa de milhagens da empresa, o Smiles, e do fundo de pensão dos funcionários da Varig, o Aerus. A VarigLog pretende também dividir a Varig em duas partes, a Varig Operacional, que ficará com os aviões e as linahs aéreas e a chamada Varig "velha", que herdará as dívidas, o Centro de Treinamento de Tripulantes, as subsidiárias regionais Nordeste e Rio-Sul e terá 5% das ações da Varig Operacional.
A VarigLog ofereceu US$ 485 milhões pela Varig e disponibilizou outros US$ 20 milhões para manter as operações da aérea até a conclusão da transação. O dinheiro vem sendo depositado aos poucos desde o início da semana passada e foi usado para pagar fornecedores, credores e parte de salários atrasados.
Outros investidores que pretendem participar do leilão da Varig terão que fazer um depósito antecipado de US$ 22 milhões, para cobrir a oferta da VarigLog, e apresentar carta de fiança bancária de US$ 100 milhões para garantir a participação no evento.
O leilão realizado no último dia 8 de junho acabou cancelado pela Justiça porque o grupo Trabalhadores Grupo Varig (TGV), o único a apresentar proposta de compra, não depositou o valor mínimo estipulado para a concretização do negócio.
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