| 04/07/2006 00h07min
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, em entrevista ao programa Roda Viva, da TVE, propôs como principal medida de seu governo, caso seja eleito, um choque de gestão. Ele critica o governo Lula pelos altos impostos e pela falta de investimentos. Alckmin usa sua experiência como governador de São Paulo como exemplo de boa gestão e promete cortar gastos e impostos e aumentar o investimento.
O candidato defende também a queda de juros, argumentando que eles seguem altos porque "o governo mantém uma política fiscal ruim, que força uma política monetária muito dura".
Sobre a crise do PCC, Alckmin defendeu o ex-secretário de Administração Penitenciária de São Paulo Nagashi Furukawa que se demitiu após entrar em conflito com Saulo de Castro Abreu Filho, secretário da Segurança Pública do Estado. Segundo Alckmin, Furukawa ajudou a zerar o número de presos em cadeias na cidade de São Paulo. Alckmin disse que quando assumiu o governo do Estado, eleito em 2002, havia 8 mil presos na capital paulista e ele prometeu zerar esse número em dois anos, objetivo alcançado em 30 meses.
O candidato defendeu a reforma agrária, mas criticou as invasões de terra que, segundo ele, não garantem a segurança jurídica para que o governo e a iniciativa privada façam investimentos. Alckmin criticou o MSLT, alegando que ele não é movimento social, mas sim um movimento político, instrumentalizado e mantido com dinheiro público em relação ao qual o governo tem uma "posição dúbia". Segundo o tucano, o governo deve investir em reforma agrária, mas não "jogando as pessoas na terra" e novamente usou como exemplo sua gestão em São Paulo onde, segundo ele, há condições de crédito e infra-estrutura para os agricultores assentados.
Alckmin prometeu trabalhar para fazer a reforma política no início de seu mandato, defendendo como item principal a fidelidade partidária, com sete ou oito partidos no país. Assim ele acredita que seria mais simples governar sem fisiologismo. Ele disse ser a favor da reeleição, mas acredita que há necessidade de regras mais firmes para o presidente que tenta novo mandato.
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