| 03/07/2006 17h54min
Principal favorita para vencer a Copa do Mundo da Alemanha, a Seleção Brasileira liderava as bolsas de apostas da Europa até o último sábado. Porém a derrota para a França derrubou muita gente, já que quase ninguém imaginava eliminação precoce da equipe sul-americana – principalmente pela presença de Ronaldinho, o melhor jogador do mundo.
Desde o início da disputa, a expectativa sobre o desempenho do time de Carlos Alberto Parreira era muito grande. Torcedores, jornalistas, técnicos e dirigentes esperavam vê-lo como destaque do Mundial, liderado pelo meia-atacante do Barcelona. E Ronaldinho tornou-se a grande decepção do evento. No sábado, durante o sofrido confronto com a equipe de Zidane, trocou o sorriso descontraído, de alegria, por um sorriso nervoso. Ele foi, sem dúvida, um dos que mais se abateram com o fiasco brasileiro.
O mais criticado pelo fracasso brasileiro na Alemanha, no entanto, afirmou não admitir levar sozinho a culpa pela derrota. Ainda assunto no país da Copa, o craque da Seleção usou sua coluna no jornal espanhol Mundo Deportivo para expor o aborrecimento com o tropeço do time e com o peso que vem carregando desde o início da competição.
– Se o Brasil ganha, todos ganham. Se o Brasil perde, todos perdem. Todos estamos tristes, não importa que chorei, porque a emoção é difícil de conter. Aceito todas as críticas, mas sempre há um amanhã que faz os tempos ruins serem esquecidos – escreveu em seu artigo.
O astro do Barça viveu situação parecida – embora com menor intensidade – há seis anos, na Austrália, onde o Brasil, amplo favorito, deu vexame e foi eliminado dos Jogos Olímpicos de Sydney por Camarões, nas quartas-de-final. Era, ao lado de Alex, o principal jogador da equipe, dirigida na época por Wanderley Luxemburgo. Depois do desastre, seu futebol cresceu, os prêmios e os títulos começaram a surgir e ninguém mais se lembrou do fato.
– Agora temos de nos desconectar do futebol, descansar depois de uma Copa tão difícil, e pensar que a Seleção segue sendo grande, que caiu diante de um adversário fabuloso, sensacional – comentou Ronaldinho. Sua torcida agora será para Portugal, dos amigos Deco, colega de Barcelona, e Felipão, seu técnico na Copa de 2002, na Ásia, quando o Brasil sagrou-se pentacampeão mundial.
Nesta segunda, na Alemanha, mesmo passados dois dias da derrota para a França, o Brasil e Ronaldinho ainda eram tema de discussão. As pessoas não se conformam com a forma como o time atuou: apático, sem vibração, entregue. Os alemães, por outro lado, festejam o sofrimento brasileiro. Acham que o caminho para o título ficou mais fácil. E, se forem campeões, vão ficar apenas uma conquista atrás dos sul-americanos. Nesta terça, os anfitriões enfrentam a Itália, às 16h (de Brasília), em Dortmund.
Agência EstadoGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.