A CPI das Sanguessugas aprovou, hoje, requerimentos de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico nos últimos cincos anos das empresas Planam e Santa Maria Comércio. As empresas teriam vendido ambulâncias com preços superfaturados a prefeituras com recursos do Orçamento da União.

A comissão também decretou a quebra de sigilo da ex-funcionária do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, de Darci José Vedoin, presidente da Planam, de Alessandra Trevisan Vedoin, filha de Darci, e de Cléia Maria Trevisan Vedoin, mulher do empresário.

Foram aprovados ainda requerimentos que pedem as cópias dos documentos das investigações relativas à Máfia das Ambulâncias conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU), além das cópias dos documentos relativos às licitações fraudadas do Ministério da Saúde.

Também foi aprovada a convocação de Maria da Penha Lino, Darci José Vedoin, Luiz Antônio Trevisan (filho de Darci) e Luiz Aires Cirineu (advogado da Planam). Foram convidados ainda a comparecer à CPI o procurador-regional da República em Mato Grosso Mário Lúcio Avelar e o delegado da PF Tardelli Boaventura, responsáveis pela investigação sobre o esquema.

Os parlamentares aprovaram também a requisição, à Câmara, de todos os documentos em poder da comissão de sindicância da Corregedoria-Geral que apura o caso. Também foram convidados para depor o delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura, que conduziu a investigação da operação Sanguessuga, e o procurador da República Mário Lúcio Avelar, que devem depor na semana que vem.

Os deputados e senadores da CPI, no entanto, querem primeiro conhecer em detalhes as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público para só depois marcar a data dos depoimentos.

AGÊNCIA CÂMARA