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 | 27/06/2006 17h52min

França vence de virada e pega o Brasil nas quartas

Time de Zidane aplicou 3 a 1 na Espanha em Hanover

De virada, com gols de Ribéry, Viera e Zidane, a França mandou os espanhóis de volta para casa na tarde desta terça em Hanover. O time treinado por Luis Aragonés saiu na frente em cobrança de pênalti convertida por David Villa, mas não conseguiu segurar o resultado. Com a vitória, os franceses avançam para as quartas-de-final da Copa e pegam o Brasil no próximo sábado, às 16h, em Frankfurt.

França e Espanha começaram a partida se respeitando muito, estudando a postura adversária. Mantiveram a bola presa no meio campo e pouco produziram de efetivo. Mesmo sem expressivo volume de oportunidades de gol, não se pode dizer que o jogo foi ruim. Ambas as equipes demonstraram qualidade no toque de bola. Faltaram, claro, os passes em profundidade.

Tanto que o primeiro "uuuuuuhhhhhhhh" veio depois de cobrança de falta. Aos nove minutos, Pernía mandou de canhota, da meia-direita, muito próximo do ângulo direito do goleiro Barthez. A resposta francesa ocorreu só aos 24, em bola cruzada por Henry da direita. Ribéry e Viera, dentro da pequena área, chegaram uma fração de segundo atrasados.

Coube ao espanhol David Villa, três minutos depois, abrir o placar, em cobrança de pênalti sofrida por ele mesmo. E ao francês Ribéry não desperdiçar a segunda e última chegada forte da França na primeira etapa. Aos 40, recebeu ótima metida de Viera pelo meio, nas costas da zaga, driblou o goleiro Casillas e mandou de canhota para as redes.

Mesmo com as duas alterações promovidas por Aragonés na volta do intervalo – sacou Villa e Raul para as entradas de Joaquin e Luis Garcia, respectivamente –, o jogo seguiu cadenciado, com leve melhora na disposição dos franceses em campo. Nada, porém, que assuatasse a torcida da Fúria.

Pintava a terceira prorrogação das oitavas – Argentina e México e Suíça e Ucrânia protagonizaram as outras –, quando Zidane cobrou falta da meia-direta aos 38 minutos. A bola viajou até a marca do pênalti, desviou na zaga e sobrou para Viera. No segundo pau, o volante completou de cabeça. Antes de entrar, ainda houve desvio em Sérgio Ramos. Era a virada dos Bleus.

No afã do empate, a equipe do meia Raúl se atirou ao ataque. Levou mais um, aos 46. Zidane recebeu livre pela esquerda, invadiu a área, driblou Puyol em corte para o meio da área, e bateu forte, rasteiro. Não deu chances para Casillas e confirmou a fama espanhola de se entregar nos momentos difíceis.

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JÉFFERSON CURTINOVI
 

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