| 23/06/2006 08h49min
Críticas ao excesso de jogos e ao calendário apertado são comuns, especialmente no Brasil. Só não se espera algo nesta direção durante uma Copa. A surpresa vem da Argentina, já que o zagueiro Roberto Ayala resolveu reclamar do pouco tempo entre o terceiro jogo da primeira fase e a partida dos hermanos nas oitavas-de-final.
– Não fomos beneficiados. Fizemos o esforço de ficar em primeiro lugar do grupo, e ter pouco descanso agora pode nos prejudicar – criticou o jogador.
– Mas o time tem que passar isto e se recuperar, para estar o mais inteiro possível – completou, resignado.
Depois de ter empatado sem gols com a Holanda na quarta-feira, os argentinos agora medem forças com os mexicanos neste sábado. Com a classificação, é hora de pensar nos rivais, sem deixar a campanha na primeira fase empolgar demais os jogadores.
– Agora vem o México, uma equipe dura, que complica sempre. Aqui começa outra história, e os dois times têm as mesmas chances. De nada vai servir o que fizemos até agora, mas sabemos que crescemos nas três primeiras partidas. Temos que continuar assim, porque até agora, fizemos um bom Mundial – declarou o zagueiro.
As reclamações de Ayala não se restringiram ao pouco tempo entre os jogos. O argentino afirmou ainda que os campos dos estádios da Copa estão excessivamente escorregadios, o que prejudica as partidas.
– Às vezes, não sei com qual chuteira jogar. Coloco um tipo e não fico firme no campo, mal consigo ficar em pé. Contra a Sérvia, terminei com dores nas costas, porque tive que usar chuteiras mais altas. Parece que estamos jogando em uma pista de gelo, de patinação – reclamou Ayala.
Qual seria, então, a solução? O jogador sabe que a organização está no caminho certo, mas ainda não é o suficiente para encerrar a questão:
– Os campos não estão ajudando o espetáculo a ser mais rápido e melhor jogado. Creio que seria melhor se regassem o gramado antes das partidas – disse Ayala, ciente de que a Fifa tem atendido o pedido cerca de cinco horas antes de cada jogo.
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