| 21/06/2006 12h51min
Apesar de a Varig ter sido suspensa da câmara de compensação da International Air Transport Association (Iata), entidade que regula os padrões de operação das companhias aéreas internacionais, a associação Star Alliance informou que ainda está aceitando os bilhetes da companhia. A suspensão da Iata significa que as empresas aéreas não são mais obrigadas a endossar as passagens da Varig e transportar os passageiros da companhia.
A Star Alliance é uma aliança entre 18 companhias aéreas internacionais, entre elas a Varig, que permite a venda de passagens para destinos para os quais os membros não têm vôos, utilizando os aviões das outras integrantes. Voam para o Brasil a partir da Europa Lufthansa (Alemanha), Swissair (Suíça) e TAP (Portugal). Da América do Norte partem Air Canada (Canadá) e United Airlines (EUA).
A Star Alliance disse que está respeitando os termos do acordo e transportando, normalmente, os passageiros para qualquer trecho operado por alguma das 18 companhias conveniadas. No entanto, não há previsão de por quanto tempo as passagens da Varig serão aceitas pelo grupo.
São conveniadas à Star Alliance Air Canada (Canadá), Air New Zeland (Nova Zelândia), ANA (Japão), Asiana Airlines (Coréia), Austrian (Áustria), BMI (Grã-Bretanha), Lot Polish Airlines (Polônia), Lufthansa (Alemanha), Scandinavian Airlines (Suécia, Dinamarca e Noruega) , Singapore Airlines (Cingapura), South African Airways (África do Sul), Spanair (Espanha), Swiss (Suíça), TAP (Portugal), Thai (Tailândia), United (EUA), US Airways (EUA), além da Varig.
Cinqüenta mil brasileiros estão no Exterior e terão que retornar ao país até 30 de junho, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Anac busca alternativas para não deixar os usuários no chão. Só na Alemanha, onde está sendo realizada a Copa do Mundo, há 11 mil brasileiros. Os passageiros em cidades atendidas por TAM e Gol nos Estados Unidos e na América do Sul também estão em situação mais confortável.
As companhias que assumirão as rotas da Varig usarão inicialmente a capacidade ociosa, mas já estão orientadas pela Anac a fretar aviões, caso não seja possível atender à demanda. Nos vôos internacionais, será adotado o compartilhamento de rotas com estrangeiras. Caso seja necessário, a Força Aérea colocará à disposição o Sucatão (antigo avião presidencial) para Europa e aviões menores na América do Sul.
Segundo representantes do setor, Gol e TAM estão resistentes ao fretamento e ao compartilhamento, e vão continuar endossando os bilhetes desde que haja vagas. A Anac determinou que TAM, Gol, BRA, Ocean Air e Web Jet assumam as despesas de transporte e hospedagem, se quiserem participar do plano de contingência.
Na reunião, a TAM afirmou que já teve prejuízo de US$ 1 milhão para trazer usuários do Exterior e a Gol disse que gastou R$ 500 mil só para embarcar os passageiros dentro do país, nos últimos dois dias. Segundo um executivo do setor, as companhias pediram para o governo cobrar a conta dos agentes de viagem e das operadoras.
De acordo com a Anac, os destinos internacionais hoje que representam os maiores gargalos são Los Angeles, Miami e Nova York (nos EUA), Assunção e Montevidéu (na América do Sul) e Munique (na Alemanha).
Para embarcar, o passageiro terá que apresentar o bilhete e terão prioridade doentes, pessoas com dificuldade de locomoção, idosos e crianças. Nos EUA, os 40 funcionários do call center informam a suspensão dos vôos e tentam encontrar lugar em outro avião. Ontem, 200 passageiros que deveriam embarcar em Los Angeles para o Brasil foram surpreendidos pelo cancelamento. Nesta quarta, 210 passageiros do vôo de Nova York terão de ser reacomodados e ainda falta encontrar lugar para 60 dos 200 que deveriam embarcar em Miami.
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