| 20/06/2006 23h02min
Passados 12 dias de Copa do Mundo, o melhor jogador do mundo ainda não justificou a merecida fama. O fraco desempenho na estréia contra a Croácia e diante da Austrália no último domingo levantou uma série de questionamentos tanto na imprensa brasileira quanto na européia: o que acontece com Ronaldinho na Seleção Brasileira?
O craque do Barcelona tratou de dar sua versão nesta terça, na coluna que assina no diário catalão Mundo Deportivo. Apesar de reconhecer que seu futebol está bem abaixo do nível que pode apresentar, Ronaldinho alertou os torcedores para que não esperem dele rendimento igual ao que tem no clube espanhol.
– Jogar na Seleção não é igual a jogar no clube. No clube, você trabalha todos os dias do ano com os mesmos jogadores, fazendo o mesmo papel, e na Seleção tem de se adaptar a jogadores diferentes e isso custa mais. Temos de nos adaptar pouco a pouco, porque na Seleção atuamos de forma diferente. Não só eu jogo em posição diferente, mas o Adriano, o Zé Roberto, o Emerson – escreveu o jogador.
A discussão sobre o posicionamento de Ronaldinho na Seleção não é nova. E as conclusões são quase sempre as mesmas. Ronaldinho realmente joga de forma diferente no Brasil, um pouco mais atrás do que no Barcelona. Algo natural, pois seus colegas são outros e têm características distintas. Como trata-se do melhor jogador do mundo, no entanto, todos esperam que ele se adapte facilmente.
O técnico Carlos Alberto Parreira tem procurado se esquivar da polêmica. De acordo com o treinador, Ronaldinho tem liberdade total para atuar em qualquer faixa do gramado, orientação que também recebeu Kaká, outra ponta do “quadrado mágico. O meia do Milan não admite que culpem o esquema tático do técnico para justificar atuações ruins de alguns atletas.
– O Ronaldinho está livre para fazer o que quiser. O Parreira lhe deu liberdade para jogar pelo lado esquerdo ou como achar apropriado. Mas, no Barcelona, o Ronaldinho tem na frente o Eto’o e o Giuly, que correm muito (características que favorecem os lançamentos de Ronaldinho) – declarou Kaká, sem se dar conta de ter feito uma crítica velada a falta de movimentação da dupla de ataque formada por Ronaldo e Adriano.
Ronaldinho foi responsável por uma cena inusitada nesta terça. David Opoczynski, repórter do jornal francês Le Parisien, levou o filho de quatro anos, Edouard, para assistir aos treinamentos, principalmente Ronaldinho. O momento em que mais prestou atenção foi durante as cobranças de falta. Depois de várias finalizações erradas do craque gaúcho, Edouard decepcionou-se e começou a chorar. Por sorte, Ronaldinho acertou o pé mais tarde, e o garoto trocou o choro pelo sorriso.
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