As ações da Varig voltaram a registrar fortes perdas hoje, por conta da demora em uma solução para a companhia. No final dos negócios, o papel preferencial da empresa despencava 14,48%, para R$ 1,83, depois de subir 12,63% na última sexta-feira e fechar a R$ 2,14 com a expectativa de novos interessados na companhia aérea. Na mínima do dia hoje, a ação foi negociada a R$ 1,57 – uma queda de 26,6%.

Ainda sem um investidor que garanta pelo menos fluxo de caixa para os próximos meses, a companhia aguarda que o juiz da 8ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, se manifeste sobre a única proposta de compra feita no leilão do último dia 8, feita pelo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig). Seja qual for a decisão, pressionada por credores privados e estatais, a companhia necessita urgentemente do depósito de US$ 75 milhões para seguir voando. Apesar de não ter fixado prazo para se manifestar, diante da situação delicada vivida pela Varig, é provável que o juiz tome posição no início desta semana.

O grupo de trabalhadores fez oferta de R$ 1,010 bilhão pela aquisição das rotas domésticas e internacionais da empresa. A proposta do TGV prevê pagamento de R$ 225 milhões em créditos, R$ 285 milhões em dinheiro e de R$ 500 milhões em debêntures. Esta última forma de pagamento foi questionada pela Justiça por não constar do edital. Como o TGV não alterou sua proposta, a Justiça decidiu abrir o leque de opções para a venda da Varig após o TGV informar que não vai alterar a proposta apresentada no leilão.