| 19/06/2006 18h
Com três gols no segundo tempo – um de Raúl e dois de Fernando Torres –, os espanhóis venceram de virada a seleção da Tunísia na tarde de hoje, em Stuttgart, por 3 a 1, pela segunda rodada do Grupo H do Mundial. Com o resultado, a equipe do técnico Luis Aragonés lidera a chave com seis pontos e garante vaga nas oitavas-de-final. Os tunisianos amargam um mísero ponto conquistado na estréia e dependem de resultados paralelos para avançar na Copa. No próximo dia 23, a Espanha pega a Arábia Saudita em Kaiserslautern, e a Tunísia encara os ucranianos em Berlim. Ambos os jogos ocorrem às 11h (de Brasília).
Paciência e insistência. Parece rima pobre. Não é. São as virtudes demonstradas pelo time espanhol na partida desta segunda e que garantiram a vitória sobre a seleção da Tunísia. Enganou-se quem, baseado nos 4 a 0 aplicados pelo time de Raúl sobre a Ucrânia na primeira rodada, achou que os espanhóis fossem ter vida fácil. Os tunisianos, que vinham de empate com a fraca Arábia Saudita, praticaram um futebol inteligente. Abriram o placar aos seis minutos de jogo com Menari, depois de ótima jogada de Namouchi pela direita, e se fecharam. Mas sem balões nem desespero.
Marcaram sempre atrás da linha do meio-campo, correndo muito, por vezes dando a impressão de terem se multiplicado em campo. Dificultaram as investidas do ataque espanhol. Quando recuperaram a bola, tocaram, sempre no chão, buscando contra-ataques. Não acertaram muitos é verdade, tanto que, ao final da partida, somaram apenas três finalizações.
Restou aos espanhóis a posse de bola. Ficaram com ela nos pés durante 66% do tempo em que rolou pelo gramado. O que, no primeiro tempo, não rendeu frutos. David Villa, logo depois do gol sofrido, e Xabi Alonso, aos 44, perderam as únicas chances claras da Espanha. Aliás, para ser justo, Alonso cabeceou para o gol, depois de cobrança de escanteio da direita, mas a zaga tunisiana salvou em cima da linha. Villa, sim, pegou forte de fora da área, mas mandou para fora.
O técnico Luis Aragonés mexeu no intervalo. Avançou sua equipe com as entradas de Raúl e Fabregas, que levaram os espanhóis para o abafa no início do segundo tempo. O time da Tunísia custou um pouco, mas voltou a se encontrar em campo. Com 15 minutos, já repetia a atuação dos 45 iniciais, restringindo a liberdade dos avantes adversários. A Fúria não se afobou. Seguiu pressionando. Insistiu.
Aos 25, Joaquim avançou pela direita e, da ponta, rolou para a entrada da área. Fernando Torres fez o corta-luz, e Fabregas, da meia-lua, bateu para o gol. Boumnijel defendeu parcialmente, e Raúl, no rebote, mesmo sob pressão da zaga, empurrou para o fundo das redes. 1 a 1.
Cinco minutos depois, mais Espanha: Fabregas, do meio campo, lançou Fernando Torres, que, na entrada da área tunisiana, driblou o goleiro e, de direita, chutou para o gol vazio. O terceiro veio em pênalti sofrido e convertido pelo mesmo Fernando Torres no minuto final.
Pênalti, inclusive, corretamente marcado pelo árbitro Carlos Eugênio Simon. Com excelente atuação, o gaúcho minimizou a má impressão deixada na partida entre Gana e Itália, quando errou ao não marcar duas penalidades para os africanos, que acabaram perdendo por 2 a 0.
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