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 | 19/06/2006 11h38min

CPI vai a Pernambuco para investigar crime organizado

Comissão busca saber informações sobre quadrilhas da região do Nordeste

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas realiza amanhã e quarta-feira, em Pernambuco, diligências para obter informações sobre o crime organizado no Estado. A CPI ouvirá testemunhas na Assembléia Legislativa, em Recife, e fará uma reunião reservada na Superintendência da Polícia Federal. O presidente da comissão, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), afirma que o objetivo da viagem é a investigação de quadrilhas que atuam na região Nordeste.

Segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que sugeriu a investigação, mandantes do tráfico de armas já foram identificados pelo Exército e pela Polícia Federal a partir da Operação Gatilho. O deputado lembra que, no ano passado, essa operação apreendeu mais de 1 milhão de cartuchos e cerca de 2 milhões de espoletas destinadas a Pernambuco, que vinham do Rio Grande do Sul em fundos falsos de caminhões.

Raul Jungmann afirma que, a partir dessa investigação, outras descobertas foram feitas, e a CPI vai a Pernambuco para explorar ao máximo informações sobre o tráfico de armas no Nordeste.

A CPI do Tráfico de Armas ouviu, em abril do ano passado, três pessoas presas em decorrência da Operação Gatilho: Paulo Roberto Schiling da Silva, funcionário de uma empresa fabricante de armas e munições no Rio Grande do Sul; Leandro Brustolin, procurador de uma distribuidora de munições também sediada no RS; e Antônio Ferreira de Farias, dono de lojas de pesca em Pernambuco, nas quais foram encontradas 338 armas de calibres diversos e 72 mil cartuchos, incluindo 200 munições para fuzil AR-15. Schiling é investigado por intermediar a venda ilegal de munição entre Brustolin e Farias.

AGÊNCIA CÂMARA
 

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