| 18/06/2006 08h38min
A seleção do Togo ameaça entrar em greve a partir de seu segundo jogo na Copa do Mundo, amanhã contra a Suíça, se os jogadores não receberem a gratificação por entrar na competição. A afirmação foi publicada neste domingo pelo jornal Bild am Sonntag, ao explicar a profunda crise vivida pela seleção africana – que também ficou vários dias sem seu técnico, o alemão Otto Pfister.
Para solucionar o problema, que passa pelo pagamento de um prêmio de aproximadamente 50 mil euros, o governo togolês enviou ontem um negociador oficial à Alemanha. Segundo o jornal, o enviado iria se reunir com o atacante Adebayor, estrela da seleção e que lidera o movimento, para chegar a uma solução.
A suposta greve não foi mencionada ontem na entrevista coletiva dada por dois jogadores do time. Se o fato acontecer, seria um problema para a organização do Mundial.
O caos dentro da seleção togolesa começou com a demissão de Pfister em 9 de junho, justamente por este problema. Na segunda-feira seguinte ele reassumiu o cargo. Posteriormente o secretário da Federação Togolesa de Futebol, Assogbavi Komlan, acusou Pfister de ser alcoólatra. O técnico, por sua vez, ameaçou o dirigente com um processo por calúnia.
Os jogadores já deixaram de treinar várias vezes para insistir em suas reivindicações, e neste domingo "perderam" o vôo de Wangen para Dortmund, onde jogam contra a Suíça nesta segunda.
Por outro lado, o Bild am Sonntag deu uma notícia positiva para os togoleses: que a população local de Wangen, quartel-general do time, arrecadou 20 mil euros para pagar o tratamento médico de dois cidadãos do país africano na Alemanha.
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