Ainda não se sabe ao certo a estratégia a ser utilizada, mas o Caxias lutará até o fim para voltar à Série A. Os advogados preferem manter em sigilo sobre o que será feito para modificar a decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na noite de quinta-feira, 20 de junho, quando os auditores, por 6 votos a 2, recolocaram o Figueirense na série A. Os catarinenses perderam os pontos, mas não o único gol marcado na partida de 22 de dezembro do ano passado, antes da invasão da torcida. Como resultado de 1 a 0 mantido, o Figueirense voltou à primeira divisão pelo saldo de gols.

Esta sexta-feira foi marcada por reuniões dos dirigentes e advogados do clube gaúcho. Tudo começou pela manhã, ainda no Rio de Janeiro, quando o coordenador do colegiado do clube, Rudimar Pontalti, e o vice de futebol, Cleomar Slaviero, se encontraram com o advogado Marco Aurélio Pachá. À tarde, os dirigentes retornaram ao Estado para pedir apoio ao presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Emídio Perondi.

– Vão ser tomadas algumas medidas nos próximos dias e temos certeza que podemos reverter – afirmou Pachá. – Mantivemos contatos interessantes nesta sexta.

Pontalti acredita que a situação esteja definida em cerca de 15 dias. Um ato administrativo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode recolocar o Caxias na Série A.  entidade tem poderes para tal apoiada no artigo 14 do Regulamento Geral das Competições, que serve como uma espécie de complemento para as decisões tomadas com base no Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF). O artigo 14 tira os pontos do infrator e os transfere ao favorecido. Essa é a possível estratégia do Caxias, apesar de os dirigentes e dos advogados manterem absoluto sigilo. A Justiça Comum, por enquanto, é descartada pelo Caxias.