| 19/06/2002 20h47min
O Figueirense trava nesta quinta-feira, 20 de junho, mais uma importante batalha na guerra contra o Caxias pela vaga na Série A do Campeonato Brasileiro, perdida após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Os auditores do STJD vão analisar no Rio de Janeiro, a partir das 19h, o pedido de revisão, proposto pelo clube catarinense, do julgamento realizado no dia 11 de abril, que deu ganho de causa à agremiação gaúcha.
A briga judicial começou após a partida entre as duas equipes, no dia 22 de dezembro, pela última rodada do quadrangular final da Série B de 2001. Na ocasião, o Figueira precisava de uma vitória para conseguir o acesso à divisão de elite, e vencia por 1 a 0 até os 46 minutos do segundo tempo, quando parte da torcida alvinegra invadiu o campo do Estádio Orlando Scarpelli para comemorar a conquista, antes de encerrar os minutos de acréscimo. O árbitro Alfredo dos Santos Loebeling escreveu na súmula que o jogo foi encerrado, e o Figueirense manteve sua vaga após o julgamento em primeira instância, na Comissão Disciplinar.
Mas, os auditores do Tribunal Pleno, a segunda e última instância desportiva, tiveram decisão diferente e puniram o time de Florianópolis, alterando o placar da partida para 1 a 0 para o Caxias, e revertendo os três pontos. Nesta quinta, os mesmos auditores podem reverter a sua própria decisão, fato que não é inédito no futebol. A presidência do STJD volta a ser ocupada por Sérgio Luís Sveiter, que estava de licença em abril e foi substituído por Paulo César Salomão. E pelo menos um dos que votaram contra o Figueirense, Álvaro Moreira, não vai estar presente, pois encontra-se no Japão, acompanhando a Copa do Mundo.
O deputado estadual João Henrique Blasi (PMDB) vai ser o responsável pela defesa oral do alvinegro, amparado pelo trabalho do vice-presidente jurídico do clube, João Batista Baby. Outros deputados catarinenses devem comparecer à sessão do STJD, especialmente Ivan Ranzolin (PPB), presidente da Comissão Parlamentar Externa (CPE) da Assembléia Legislativa criada para acompanhar o caso. O procurador João dos Passos Martins Neto também vai assistir ao julgamento na capital fluminense. O profissional foi nomeado pelo procurador geral do Estado, Walter Zigelli, que atendeu um pedido pessoal de Esperidião Amin. O governador entende que o caso tem grande interesse político, social e econômico para Santa Catarina.
Aproveitando a ocasião, o STJD aproveita vai julgar dois recursos impetrados pelo Avaí, e que também têm relação com jogos válidos pelo quadrangular final da Série B de 2001. Um também contra o Caxias, no qual o Leão pede a realização de uma nova partida, em função do cai-cai realizado pelos jogadores gaúchos no Estádio da Ressacada. E outro contra o próprio Figueirense, no qual o clube azurra pede a reversão dos pontos em função da presença irregular de Vágner Benazzi no banco de reservas. O então técnico alvinegro estava suspenso e comandou a equipe garantido por uma liminar obtida na Justiça comum.
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