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 | 07/06/2006 11h32min

Coordenador do MLST diz que violência não foi planejada

Manifestantes devem assinar nota de culpa depois de exame de delito

O coordenador regional do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) em Pernambuco, Paulo Del Castilo, disse hoje que os atos de violência cometidos ontem na Câmara dos Deputados não foram planejados. Castilo considerou lamentável a forma como o protesto aconteceu, com depredação do patrimônio público e agressões físicas.

– Em nenhum momento foi montada uma estratégia para depredar o patrimônio público, causar pânico ou tumultuar o Congresso. A intenção do vandalismo não existia, deve ter sido decorrente das circunstâncias – afirmou Castilo.

De acordo com ele, os trabalhadores saíram de seus estados com intenção de apresentar aos parlamentares reivindicações justas. Uma delas seria a revogação da medida provisória exclui da reforma agrária, por dois anos, as propriedades rurais invadidas por sem-terra.

Depois de passarem pelo Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito, os mais de 500 manifestantes do MLST presos no ginásio Nilson Nelson, no centro de Brasília, vão assinar uma nota de culpa. Eles estão sendo indiciados como co-autores de uma série de crimes, entre eles formação de quadrilha, corrupção de menores e depredação do patrimônio público.

Os 11 líderes do movimento que estão detidos na 2ª Delegacia serão considerados os autores. O grupo que invadiu o Congresso Nacional é o mesmo que no ano passado realizou um protesto no Ministério da Fazenda para exigir o desbloqueio de R$ 2 bilhões do orçamento da reforma agrária.

AGÊNCIA BRASIL
 

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