O relator da CPI do Tráfico de Armas, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse que alguns advogados podem estar levando itens irregulares para os presos, como celulares, em São Paulo, já que não são obrigados a passar por revistas. Pimenta fez a declaração em entrevista ao programa Gaúcha Entrevista, da Rádio Gaúcha.

– Em São Paulo, qualquer advogado visita qualquer preso, em qualquer presídio e em qualquer momento. Esses advogados podem servir de pombo-correio, já que não obrigados a passar pelas revistas – disse Pimenta.

De acordo com o relator, o líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, recebeu diversas visitas de advogados no dia do aniversário do traficante, em 25 de janeiro. Pimenta considera inaceitável que qualquer pessoa possa entrar em um presídio e visitar algum preso sem passar por revistas, mesmo sendo advogados.

Paulo Pimenta participou de um debate hoje na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o crime organizado, com representantes de todos os Estados. A OAB entrará em contato com a Receita Federal e a Polícia Federal, hoje à tarde, para continuar discutindo o assunto.

O petista alegou ter um projeto a ser votado, baseado em um alei canadense, que aumenta a pena para criminosos que matarem policiais.

– Um crime cometido contra agente da lei não pode ser tratado como crime comum. A pena tem que ser diferenciada, para coibir a criminalidade – opina.

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