O Figueirense venceu o Avaí por 3 a 0 no 370º clássico da história. Bebeto, Marcelinho e Renato Martins fizeram os gols na partida disputada neste domingo, 16 de junho, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela terceira rodada do returno do Octogonal final do Catarinense 2002. Com o resultado, o alvinegro assume a liderança da etapa, somando os mesmos sete pontos do Criciúma, enquanto o Leão permanece com seis. Na próxima quarta-feira, 19 de junho, o time do Estreito enfrenta o Atlético de Ibirama, e a equipe da Ilha recebe o Tubarão.

Foi um primeiro tempo de poucas emoções e muita marcação, com as defesas prevalecendo sobre os ataques. O primeiro lance de perigo ocorreu aos oitos minutos: Toto driblou no bico direito da grande área e chutou forte, mas a bola desviou em Carlinhos. A resposta alvinegra veio primeiro com Bebeto, num chute fraco aos 12, e depois com Selmir, que, aos 15, finalizou de cabeça o cruzamento de André Luís.

O jogo, porém, continuou truncado. As duas equipes mostravam deficiência para armar jogadas no meio-de-campo. A bola ia da defesa para o ataque sem ser trabalhada. Apesar do baixo nível técnico, o Figueirense conseguiu se impôr sobre o Avaí. As poucas chances de gol depois dos 20 minutos foram todas do alvinegro.

A única exceção ocorreu aos 30, quando Toto invadiu a área pela direita, foi até a linha de fundo e rolou para trás – Marcinho afastou. Do outro lado, também pela direita, Patrício teve duas boas oportunidades de abrir o placar. Aos 23, Itabuna desviou mal o cruzamento da esquerda, mas Patrício não soube aproveitar a falha e chutou por cima. Aos 40, Paulo Sérgio caiu na direita e tabelou com Patrício, que mais uma vez não foi feliz na hora de finalizar, carimbando a zaga.

Pouco antes havia ocorrido o lance capital da partida. Mazinho foi desarmado por Marcinho, fez falta e recebeu cartão amarelo do árbitro Luiz Orlando de Souza. Na seqüência, Mazinho novamente perdeu a bola para Marcinho e, irritado, segurou o adversário pela camisa. O destempero lhe rendeu o segundo cartão amarelo e a expulsão aos 37 minutos do primeiro tempo.

Na saída para o intervalo, o meia Jorginho resumiu o desempenho do Avaí na etapa.

– Nós não existimos no primeiro tempo. Fizemos a ligação direta da defesa para o ataque e erramos. Eles também fizeram, mas nós não podemos fazer igual – disse, à CBN Diário.

Já o meia Marquinhos Paraná, que assim como o colega avaiano apareceu pouco no primeiro tempo, foi mais conciso.

– Faltou fazer o gol. Vamos acertar o que falta no vestiário – afirmou.

O curioso é que na volta para o segundo tempo apenas o Figueirense mexeu na equipe. E justamente para corrigir a deficiência apontada por Jorginho. Com o objetivo de melhorar o meio-de-campo, o técnico Roberval Davino pôs Marcelinho no lugar de Paulo Sérgio. Já Flamarion Nunes apenas mudaria a equipe aos 15, quando Fantick entrou no lugar de Milton.

Com a entrada de Marcelinho, André Luís passou para a lateral-esquerda, e o alvinegro mudou do esquema 3-5-2 para o 4-4-2. Mais ofensivo e com um jogador de vantagem, o Figueira dominou toda a etapa final. Já o Leão se defendeu como pôde e praticamente não ameaçou o gol de Gustavo.

As jogadas do Figueirense começaram a aparecer logo aos três minutos, quando Marcelinho tocou para André Luís, que bateu forte mas no meio do gol, facilitando a defesa de Flávio. Aos oito, William deu de calcanhar para Marcelinho. Já dentro da área, o meia bateu cruzado, e a bola saiu pela linha de fundo. Aos 10, Patrício voltou a errar o alvo após receber bom passe de Bebeto. Aos 13, Marcelinho cobrou falta no travessão, e, no rebote, Bebeto chutou em cima da zaga.

Logo depois, Renato Martins substituiu Selmir. E foi do jogador o cruzamento para o primeiro gol do Figueira, aos 24. Renato Martins cruzou, e Bebeto subiu mais que Wilson e Toto para marcar de cabeça. Na ânsia de buscar o empate, o Avaí abriu espaço para o contra-golpe. Aos 37, Marcelinho acertou forte chute de fora da área e fez 2 a 0. Aos 43, Renato Martins fechou o placar depois de bela jogada que começou por Marquinhos Paraná e passou por Dauri – que entrara no lugar de Bebeto.

• Confira a tabela de jogos e a classificação do Catarinense 2002 no especial do clicRBS