O novo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o PMDB não deve ter candidato próprio à Presidência da República nem participar formalmente de uma coalizão para poder ter mais liberdade nas alianças estaduais. Segundo Jucá, a candidatura do senador Pedro Simon (RS) não vai prosperar.

– Todos os Estados já estão fechando entendimentos: não teremos candidato à Presidência. A candidatura de Simon é extemporânea, anacrônica e não tem vínculo com a realidade. Portanto, não vai prosperar – disse.

Na reunião com Lula, em que assumiu a liderança do governo, Jucá disse ter conversado sobre a proposta de o PMDB integrar a chapa petista. O presidente afirmou que gostaria do apoio peemedebista.

– Falamos da intenção já explicitada do presidente, que gostaria de ter o apoio do PMDB. A posição do PMDB é não ter candidatura própria para não ter amarras. A liberdade do PMDB nos Estados é mais interessante – disse.

No encontro, Lula pediu ao novo líder empenho para aprovação da Lei da Pequena e Microempresa, em tramitação na Câmara, e da proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o Fundeb, em tramitação no Senado, além das mensagens que indicam autoridades como embaixadores e diretores de agências reguladoras.

O senador informou ao presidente que apresentará nesta quinta-feira o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias, "com um mês de antecedência", o que na avaliação dele permitirá que a proposta seja votada antes das convenções partidárias. Pela Constituição, a LDO tem que ser votada até o dia 30 de junho, se não o Congresso não poderá sair de recesso em julho.

AGÊNCIA O GLOBO