| 30/05/2006 17h07min
Tucanos e pefelistas chegaram para a primeira reunião do conselho político da campanha de Geraldo Alckmin admitindo que têm problemas graves para solucionar nos Estados. Foi justamente para tentar aparar as arestas na aliança e traçar os rumos da campanha à Presidência da República que o conselho foi criado por PSDB e PFL. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), admitiu que são muitos os problemas e que é difícil resolver todos eles com base apenas no interesse da aliança nacional.
– São 27 situações diferentes e é difícil resolver isso balizando somente no interesse da aliança nacional, mas isso é apenas no início, depois cada um vai cuidar de sua campanha. Agora, uma insatisfação aqui, uma rusguinha ali sempre vai acontecer – disse Tasso.
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que é preciso dar um fim às diferenças para permitir o crescimento da candidatura da oposição. A prioridade, diz, é ganhar a eleição.
– É hora da grande arrancada! - afirmou Bornhausen.
O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), no entanto, deu mostras do tamanho das dificuldades regionais. Sem citar o caso do Rio, disse que não adianta aliança nacional boa sem apoios nos Estados. No Rio, o prefeito Cesar Maia quer que o PSDB retire a candidatura do tucano Eduardo Paes em favor de uma ampla aliança em torno da candidatura de Denise Frossard, do PPS.
– Publicamente as divergências acabam, mas internamente vão continuar. Não podemos perder apoios importantes nos estados e nossas alianças regionais devem levar em conta a construção dos melhores palanques. Não adianta aliança boa sem apoios importantes nos estados – disse Rodrigo Maia.
O candidato a vice, senador José Jorge (PFL-PE), limitou-se a dizer que estava disposto a ouvir:
– Vou ficar rouco de tanto ouvir – brincou.
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