A demora do PMDB em definir se terá ou não candidatura própria à Presidência da República pode acabar afastando uma possibilidade de aliança com o PDT. Segundo o presidente do partido trabalhista, Carlos Lupi, se não houver definição até o dia 19 de junho, o PDT deve referendar a candidatura do senador Cristovam Buarque à Presidência. Nesse dia, ocorre a convenção trabalhista.

A possibilidade de uma aliança entre as duas siglas foi levantada ainda quando Rigotto era pré-candidato do PMDB. Passada a consulta informal, no dia 19 de março, que referendou o ex-governador do Rio de Janeiro como candidato, os partidos não voltaram mais a conversar. A possibilidade da aliança só retomou depois que Garotinho saiu da disputa e Simon colocou seu nome à disposição.

Além da data da convenção dos peemedebistas ser um indicativo da inviabilidade da aliança com o PDT, uma condição imposta pelos trabalhistas deve enterrar de vez uma eventual aliança: o apoio ao candidato do PDT ao Piratini, Alceu Collares. O presidente do PDT reafirmou ontem que, mesmo que o PMDB apresente uma proposta aos trabalhistas a tempo de ser discutida na convenção de junho, o apoio a Simon só aconteceria caso o PMDB apoie Collares. Neste caso, a candidatura de Simon com o apoio do PDT significaria o fim da candidatura do governador Germano Rigotto.