| 24/05/2006 17h18min
Os tucanos apostam que ainda há tempo para reverter a vantagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sobre o ex-governador paulista Geraldo Alckmin nas pesquisas de opinião. Depois de receber em seu gabinete o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disse que ficou arrasado quando viu os números secos, mas depois de analisá-los mais friamente chegou à conclusão de que Lula não é tão imbatível. Ele considera que a rejeição de Alckmin é mais fácil de reverter que a do presidente, carregada com a marca da discussão ética e da corrupção no governo e no PT.
– Esse patamar de rejeição do Alckmin é muito bom e até promissor. É diferente da rejeição do Lula, que é mais pesada. O presidente não teve nenhuma avaliação brilhante. Estacionou nos 40% e não vai nem pra frente nem pra trás. Se não fossem essas crises, ele deveria estar com uns 67%. Não é uma vantagem que signifique o nocaute. Não é um adversário difícil de ser batido. Em cinco dias de campanha na TV podemos tirar já uns 8 pontos de diferença – avaliou Virgilio.
O secretário geral do PSDB, Eduardo Paes (RJ), não acha que a situação seja tão dramática para o candidato tucano porque o processo eleitoral não começou oficialmente. Em sua opinião, não há muita coisa a fazer antes do inicio oficial da campanha e do fim da Copa do Mundo de Futebol. Até lá, diz, Alckmin tem que continuar viajando, e mostrando as falhas do governo Lula.
– Esses resultados mostram um momento de popularidade do Lula, que deve estar fazendo uma campanha melhor do que vinha fazendo, e não uma queda do Alckmin. Enquanto não começarmos pra valer, e Lula continuar fazendo campanha sozinho, usando a máquina da Presidência, só vai dar ele – diz Paes.
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