| 23/05/2006 20h25min
O 3º vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, deputado Neucimar Fraga (PL-ES), afirmou há pouco que é necessário investigar a ligação do advogado Sérgio Wesley da Cunha com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O deputado suspeita que a organização criminosa tenha ajudado na formação do profissional.
Cunha informou que se formou em 2003 na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Ele morava antes em São Paulo, passou no vestibular e se mudou para Ilha Solteira, cidade vizinha a Três Lagoas, onde fica um dos campi da universidade. Neucimar Fraga lembrou que a quadrilha responsável por fraudes em concursos e vestibulares promovidos pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe) tinha ligação com o PCC e também atuava no Mato Grosso do Sul, exatamente no período de 1998 a 2003.
O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), reafirmou que o advogado entregou seu cliente para o PCC. Ele
insistiu que a Associação dos Advogados
Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) têm de investigar a conduta de Cunha e da advogada Maria Cristina de Souza Rachado, que representa o líder do PCC Marcos Camacho, o Marcola. Ontem, a CPI voltou a pedir a prisão provisória dos dois advogados.
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