| 23/05/2006 16h06min
Respeito aos concorrentes, aos adversários, ao treinador, nenhuma frase de efeito, nada de autopromoção, nem sequer promessas ou frases de efeito para animar a torcida. Quem ouviu a entrevista de Marcelinho Carioca nesta terça ficou com a impressão de que estava diante de Ricardinho, seu desafeto, notório adepto do discurso politicamente correto.
A versão light de Marcelinho Carioca, como o próprio jogador rotulou seu momento, tem uma razão de ser: nem a total ausência de atacantes no Corinthians parece lhe garantir o direito da estréia.
O técnico Geninho deixou claro que vai esperar até o último momento e estudar todas as outras possibilidades antes de lançar Marcelinho como titular. O treinador prefere confiar na difícil recuperação de Nilmar, que deixou o Rio de Janeiro de muletas no domingo, e na plena reintegração de Carlos Alberto, que ganhou folga extra e se envolveu em confusão.
– Estou aqui para ajudar no que for preciso. No momento, não estou escolhendo nada ou exigindo nada. Quero contribuir, só isso – esquivou-se Marcelinho, comentando a possibilidade de atuar como atacante. – Não sei nem se vou ficar no banco, não posso falar nada. O Corinthians não é o Marcelinho. Estou só esperando minha oportunidade – completou o jogador, usando sempre um tom de voz baixo e falando devagar.
Depois de dizer que não está fazendo média com ninguém, Marcelinho só voltou a ser aquele de antigamente quando o assunto foi a bola parada.
– Quem esteve aqui nos últimos treinos viu o meu aproveitamento. Ouvi os aplausos dos torcedores e agora espero que isso possa acontecer em algum jogo – finalizou.
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