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 | 19/05/2006 10h49min

Excesso de cadáveres apressa enterro de mortos em SP

Movimento por direitos humanos critica sepultamento sem identificação

O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo quer uma autorização para liberar os corpos dos mortos em confrontos na cidade antes do prazo legal. Segundo o instituto, a falta de espaço físico já causa problemas sanitários na conservação de cadáveres. Em geral, os corpos permanecem de cinco até dez dias no IML, à espera de reconhecimento. De acordo com o site do Globo Online, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, o deputado Ítalo Cardoso (PT) enviou um ofício ao governo pedindo a relação das pessoas que deram entrada no IML nos primeiros dias do confronto do crime organizado com a polícia, mas ainda não recebeu resposta.

O Movimento dos Direitos Humanos reclamam da medida. O integrante do movimento Ariel de Castro Alves, diz que o enterro sem identificação pode caracterizar uma tentativa de acobertamento dos assassinatos. Na avaliação dele, é preciso que a sociedade e as entidades de direitos humanos exerçam pressão política para que as mortes sejam esclarecidas.

 

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