| 17/05/2006 15h49min
A Promotoria de Nápoles ampliou suas investigações sobre supostas manobras em exames antidoping no futebol italiano, devido a escutas telefônicas em que o ex-diretor da Juventus Luciano Moggi abordava a questão, de acordo com a imprensa local.
Os promotores investigam uma conversa em que Moggi teria pedido ajuda ao secretário-geral do Comitê Olímpico Italiano (Coni), Raffaele Pagnozzi, para o exame de um jogador da Juventus que, segundo o diálogo, teria tomado uma substância que requeria atestado médico.
Segundo a imprensa italiana, o clube não teria apresentado esse atestado para o jogador, que estava à espera de ser convocado para um amistoso da seleção italiana contra a Finlândia. A polícia militar italiana está utilizando como base a documentação necessária para as isenções terapêuticas do Coni, segundo as fontes.
O conteúdo da conversa entre Moggi e Pagnozzi foi divulgado ontem à noite por um programa de televisão, e logo depois o secretário-geral insistiu em que nunca interveio "para tutelar ninguém".
Pagnozzi acrescentou que entrou em contrato com seus advogados para que entrem com processo contra aqueles que quiserem prejudicar sua honra com especulações.
A questão do doping é mais um dos efeitos do escândalo no futebol italiano da última semana, após a divulgação de que mais de 40 pessoas e quatro clubes estão sendo investigados em um caso de fraude esportiva. No centro das investigações está Moggi, suspeito de organizar uma "cúpula" que teria combinado o resultado de algumas partidas da temporada 2004-2005.
Além da Juventus, Fiorentina, Lazio e Milan estão sendo investigados. Nesta quarta, os promotores públicos de Nápoles, Roma e Turim se reunirão para trocar informações e analisar os próximos passos da investigação.
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