O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discute com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, as medidas que serão tomadas frente à série de ataques em presídios do Estado de São Paulo. O assunto consta da pauta da reunião de coordenação política, que se realiza às segundas-feiras no Palácio do Planalto.

Uma das medidas para conter a onda de violência no Estado foi anunciada nesse fim de semana. O ministro da Justiça pôs à disposição do governo de São Paulo os 4 mil homens da Força Nacional, para ajudar no combate à violência. Para isso, basta que o governador do Estado solicite formalmente a presença das tropas. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, descartou a ajuda do governo federal.

– São Paulo não precisa da Polícia Federal. Confio na Polícia de São Paulo, na polícia Civil e Militar de São Paulo – acrescentou.

Os ataques começaram na sexta e até agora deixaram pelo menos 70 mortos, mais de 65 ônibus queimados. Houve 115 ataques a prédios públicos e postos das polícias Civil e Militar em todo o Estado. Entre as vítimas estão 30 policiais militares. Mais de 4 mil ônibus deixaram de circular em São Paulo hoje por medo da onda de violência.

Os ataques se espalham pelo interior do Estado e por outras regiões. Mato Grosso e Paraná já registram rebeliões em seus presídios. Em nota, o governo do Paraná negou que as rebeliões no estado tivessem relação com a onda de violência em presídios de São Paulo.