| 15/05/2006 09h35min
O presidente da companhia petrolífera francesa Total, Thierry Desmarest, afirmou que não aceitará "qualquer tipo de condição" imposta à permanência na Bolívia, após o anúncio do Governo de La Paz da nacionalização dos hidrocarbonetos.
– A Total foi à Bolívia e criou divisas fazendo descobrimentos de gás relativamente importantes, e considera que ainda tem muito o que contribuir colocando essas jazidas em produção – avaliou Desmarest em entrevista publicada hoje pelo diário francês Les Echos.
É a primeira vez que o presidente da Total faz comentários sobre a nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia, decretada pelo presidente Evo Morales no último dia 1º. A ccompanhia francesa possui participação de 15% em duas jazidas de gás no sudeste da Bolívia, nas áreas de San Antonio e San Alberto, exploradas pela Petrobras.
Desmarest assegurou que a Total "espera igualmente que se aclarem as coisas na Venezuela, onde as regras do jogo mudaram em várias ocasiões de forma brutal".
–Esperamos que a razão se imponha nos dois casos – completou o presidente da companhia.
O principal responsável da Total declarou que a onda nacionalista observada em alguns países produtores "faz com que os leilões sejam mais complicados", embora tenha afirmado que "felizmente as mudanças unilaterais são poucas" e "ocorrem sobretudo na América Latina".
AGÊNCIA EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.