| 13/05/2006 13h48min
Subiu para 22 o número de rebeliões em presídios do Estado de São Paulo. O terror no Estado de São Paulo já deixou pelo menos 32 mortos, segundo informações da Globo News. Os ataques, que seriam uma resposta de bandidos à transferência de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), começaram na noite desta sexta-feira. O PCC é facção criminosa surgida dentro das penitenciárias paulistas. As vítimas seriam policiais, bandidos e até civis.
As autoridades de São Paulo afirmam que a transferência dos presos, considerados de alta periculosidade, foi decidida para evitar motins simultâneos programados para ocorrer neste domingo, Dia das Mães. Foram 700 detentos transferidos desde quinta-feira.
Os crimes, tidos como represália pela cúpula da segurança de São Paulo, começaram horas depois da megaoperação de transferência em massa. O governo reafirma que o objetivo é isolar membros de facções criminosas. O líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, é um dos bandidos levados na noite desta sexta-feira para Departamento de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo. Na manhã deste sábado, ele e outros sete bandidos foram transferidos de avião para uma unidade no Interior.
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, divulgou uma nota no final da manhã deste sábado em que afirma que não irá negociar com bandidos. Ele pediu um minuto de silência em homenagem aos mortos e agora está reunido com os secretários da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Folgas de servidores da segurança pública em São Paulo foram canceladas e os funcionários em férias foram chamados a voltar ao trabalho. Três suspeitos de participarem de ataques foram presos em Osasco, na Grande São Paulo.
• Confira a íntegra:
"Criminosos têm de ser recolhidos aos presídios. Não vamos negociar com bandidos. Confesso que estou amargo, pois os policiais e civis vítimas dos ataques da noite de sexta-feira, foram mortos por traidores e covardes."
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