A Petrobras obteve no primeiro trimestre deste ano um lucro líquido consolidado de R$ 6,675 bilhões, o que representa um aumento de 33% em relação ao resultado do mesmo período de 2005, informou hoje a empresa. Entre janeiro e março de 2005, o lucro líquido foi de R$ 5,021 bilhões.

Segundo o relatório que a empresa divulga trimestralmente aos mercados financeiros e à imprensa, a geração de caixa, ou EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), totalizou R$ 14,1 bilhões entre janeiro e março de 2006, o que representa um aumento de 35% em relação ao período de comparação.

Esses resultados, segundo o documento, se deveram aos fortes avanços operacionais nas áreas de prospecção, produção e refino, aos elevados preços internacionais do petróleo, à apreciação do real (frente ao dólar) e à estabilidade das despesas operacionais, destacou a empresa. Esse fluxo de caixa possibilitou investimentos de R$ 5,9 bilhões e uma redução da necessidade de financiamento para os projetos da companhia.

No primeiro trimestre de 2006, o valor de mercado da maior empresa do Brasil chegou a R$ 198 bilhões, com um aumento de 62% em relação ao primeiro trimestre de 2005. As vendas líquidas da empresa atingiram R$ 35,9 bilhões, com um aumento de R$ 6 bilhões em relação ao período comparado.

Esse resultado foi favorecido por um aumento de 14% na produção de petróleo e LGN (líquido de gás natural) dentro do Brasil e pelo aumento da produção e dos preços médios de venda de derivados no mercado interno, explicou a empresa.

Entre janeiro e março, o saldo comercial externo da Petrobras alcançou um superávit de 58 mil barris diários (bpd), entre exportações e importações de petróleo e derivados. No primeiro trimestre, a Petrobras exportou 517 mil bpd de petróleo e derivados, e importou 459 mil bpd.

O lucro bruto da empresa no primeiro trimestre foi de R$ 16,2 bilhões, 21% a mais que nos três primeiros meses de 2005, graças ao aumento da produção de petróleo, LGN e gás natural. A produção média da empresa ficou em 2,279 milhões de bpd, com um aumento de 12% em relação ao período comparado.

"A excelente geração de caixa (EBITDA) de R$ 14,113 bilhões e a constante valorização do real perante o dólar favoreceram a diminuição da dívida e, conseqüentemente, dos juros pagos aos credores em moeda estrangeira, acarretando uma diminuição de 58% nas despesas financeiras", disse a empresa.

Entretanto, na comparação com os resultados do quarto trimestre de 2005, quando o lucro líquido alcançou o recorde histórico de R$ 8,142 bilhões, este indicador caiu 18% no primeiro trimestre do 2006. A empresa atribuiu esta diminuição a maiores despesas com pagamento de impostos sobre a renda e contribuição social e ao provisionamento de juros sobre capital próprio, realizado no quarto trimestre de 2005 e que não se repetiu no primeiro trimestre.

AGÊNCIA EFE