Marcelo Antônio de França, ex-gerente do hotel em Brasília onde, segundo a polícia, o dono da Planan, Darci Vedoim, se reunia com parlamentares, quer depor na Polícia Federal. De acordo com a edição desta quinta do Jornal Nacional, ele contou como eram os encontros do dono da empresa Planam com deputados em um hotel em Brasília.

Marcelo disse que testemunhou vários encontros de Vedoim com a funcionária do Ministério da Saúde, Maria de Penha Lino. Segundo ele, as reuniões eram também com deputados.

– Os caras chegavam sem nada, de mãos vazias, e saíam com envelopes recheados lá do hotel. Isso acontece quase todos os dias. Cinco, seis deputados compareciam ao restaurante. A única coisa que eles falavam era sobre dinheiro – disse Marcelo Antônio de França, ex-gerente de hotel.

Procuradores que trabalham no caso da quadrilha das ambulâncias não entenderam os critérios da Corregedoria da Câmara para investigar apenas 16 deputados. É que o relatório da Polícia Federal traz indícios contra vários deputados que não serão investigados. Houve reação também no Congresso.

– É preciso que a mesa diretora seja dura para punir o delito na forma que o delito aparece e não inventar investigações complexas e protelatórias que acabam protegendo aqueles que cometem o delito – falou deputado Paulo Delgado (PT-MG).

– Não tinha indícios contra esses parlamentares, nem nada que naquela documentação que foi mandada pela Polícia Federal que o ligasse ao cometimento de um crime – o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Câmara.

AGÊNCIA O GLOBO