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 | 10/05/2006 19h14min

BNDES emprestaria US$ 166,6 milhões a investidor da Varig

Empréstimo-ponte poderá chegar a US$ 250 milhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou hoje um empréstimo de até US$ 166,6 milhões para o investidor interessado em capitalizar a Varig. O valor do empréstimo-ponte poderia chegar a US$ 250 milhões.

Segundo o BNDES, o empréstimo-ponte é necessário para compor o capital de giro da Varig, conforme previsto pelos atuais gestores da companhia, até a realização do leilão judicial para a venda de ativos, previsto para ocorrer em de 60 dias. O vencimento do empréstimo-ponte, de acordo com a nota, "será harmonizado com o prazo do leilão judicial".

O apoio financeiro do BNDES será na forma de um financiamento no montante de até dois terços do empréstimo-ponte – o valor total dessa operação deverá ser negociado entre os gestores da Varig e os investidores interessados, limitado aos US$ 250 milhões. Os investidores interessados deverão ser pré-qualificados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e atender aos critérios bancários do BNDES.

A instituição explicou, por meio do comunicado, que em função do prazo para a entrada dos recursos solicitados pelos atuais gestores da Varig ser exíguo, será exigida, como garantia ao financiamento, carta de fiança bancária, equivalente ao montante de financiamento a ser concedido pelo BNDES.

Segundo o modelo de financiamento, caso haja mais de um investidor que atenda às condições, o valor do financiamento será dividido proporcionalmente às propostas individuais aprovadas para os diferentes investidores. O banco informou que somente será considerado o investidor que formalizar ao BNDES seu interesse na obtenção da colaboração financeira até as 18h do dia 15 de maio.

Segundo o diretor da consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela reestruturação da Varig, os recursos decorrentes do empréstimo-ponte deverão entrar no caixa da empresa até o final da semana que vem. Para ele, a Varig deu um sinal positivo ao mercado aprovando um plano de consenso entre os credores.

– Temos dois meses até o leilão para preparar todas as informações para que o mercado entenda o que está a venda – acrescentou o executivo da Alvarez & Marsal.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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