| 10/05/2006 11h38min
O ministro de Relações Exteriores boliviano, David Choquehuanca, defendeu hoje a "decisão soberana" tomada pelo Governo da Bolívia de nacionalizar a produção de hidrocarbonetos "após 500 anos de saque dos recursos naturais".
– Cumprimos o prometido em nossa campanha eleitoral – disse o chanceler à imprensa antes de participar em Madri de uma reunião dos chanceleres latino-americanos com o secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, na véspera da cúpula UE-América Latina em Viena.
Choquehuanca, que pediu respeito a "um país que é soberano e que sabe o que quer", negou que a nacionalização tenha sido decretada por influência do governo da Venezuela, mas agradeceu a "ajuda técnica" prestada pelo país.
O chanceler disse que a Bolívia precisa de assessores de todos os países, porque "é bom ter experiências" para rentabilizar o funcionamento do setor energético do país, de modo que repercuta em uma melhora da qualidade de vida dos cidadãos.
– Os bolivianos sabem aonde vamos e quem quer nos apoiar, sejam da Venezuela, da Espanha ou da Alemanha, sejam bem-vindos, se for para ajudar a Bolívia a voltar a recuperar seu equilíbrio – afirmou.
Como lembrou Choquehuanca, "antes as empresas pagavam 18% (dos recursos que exploravam) e se beneficiavam de 82%, e agora será o contrário".
O Legislativo do país também passará a controlar os contratos com empresas estrangeiras. Choquehuanca ressaltou que a Bolívia não voltará atrás desta decisão e considerou que agora é o momento de "adequar os contratos das empresas" estrangeiras, petrolíferas e de gás que operam há anos no país.
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