O apoio do líder venezuelano, Hugo Chávez, ao candidato à Presidência peruana, o nacionalista Ollanta Humala, prejudica sua campanha para o segundo turno de 4 de junho. A avaliação é de um dos assessores próximos ao ex-comandante.

– Quem vai se submeter às decisões do senhor Hugo Chávez? – perguntou o futuro congressista do partido União pelo Peru (UPP) Daniel Abugattás.

Ele afirmou que é evidente para todo o mundo que o Peru não se submeterá ao governo venezuelano caso Humala chegue à Presidência. Abugattás indicou que o comitê político do partido do líder nacionalista sugeriu recentemente promover um distanciamento, para que se veja que não existe qualquer relação com Chávez.

Em 9 de abril, o candidato nacionalista peruano foi proclamado vencedor no primeiro turno do pleito peruano com 30,62% dos votos, seguido por Alan García, do Partido Aprista Peruano (APRA), com 24,32%.

Segundo uma pesquisa da empresa Apoyo, divulgada ontem, García, líder do Partido Aprista Peruano e ex-presidente do país (1985-90), obteria 57% dos votos válidos no segundo turno do próximo 4 de junho, enquanto Humala conseguiria 43%. O presidente venezuelano expressou publicamente, desde o início do ano, seu apoio a Humala e sua rejeição a García.

O executivo peruano considera os comentários de Chávez uma ingerência nos assuntos internos do país andino, até o ponto de retirar seu embaixador em Caracas e levar o caso perante a Organização dos Estados Americanos (OEA).

AGÊNCIA EFE