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 | 07/05/2006 17h57min

Chávez critica manobras dos EUA no Caribe

Presidente venezuelano diz que EUA quer intimidar país

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou hoje que a presença militar americana no Caribe tem como objetivo "amedrontar" seu governo. No entanto, o governante alertou que a "revolução bolivariana não tem medo do império".

– Estão no Caribe seis mil marines (fuzileiros navais dos EUA) e não sei quantos porta-aviões e submarinos. Que passeiem pelo Caribe com as frotas que não vão nos ameaçar, não vão nos assustar. Não temos medo do império de papel – declarou Chávez.

Em seu programa Alô Presidente, transmitido em no rádio e na televisão aos domingos, Chávez argumentou que a presença do embaixador dos EUA em Caracas, William Brownfield, demonstra que as manobras militares "têm a finalidade de nos ameaçar".

Brownfield negou que as manobras militares de seu país no Caribe, que fazem parte da operação Confraternidade com as Américas, tenham objetivo de intimidar a Venezuela. Diferentes fontes apontam que, além de porta-aviões, participam da manobra dos EUA mais de cem aeronaves de combate, um cruzeiro, um destroyer, uma fragata com mísseis e 6.500 marines.

A operação americana, que começou em abril e continuará em maio, acontece em águas internacionais e também sob a jurisdição de Antilhas Holandesas, Aruba, Jamaica, Trinidad e Tobago e São Cristóvão e Névis, entre outras nações caribenhas.

O presidente venezuelano denuncia veementemente a suposta intenção de Washington de invadir a Venezuela para se apoderar de suas reservas petrolíferas, de mais de 315 bilhões de barris, acusação que a Casa Branca nega.

– Se os EUA pensarem em vir aqui tentar nos escravizar, não teríamos alternativa senão ir às montanhas, aos bairros, para resistir à agressão, e estamos nos preparando – reiterou o chefe de Estado em seu programa.

Chávez considera o Governo dos EUA "imperialista" e o acusa de "intervir" nos assuntos internos venezuelanos. Já Washington classifica o governante da Venezuela como "autoritário" e incentivador do sentimento "antiamericano".

AGÊNCIA EFE

 

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