| 04/05/2006 13h20min
O ministro conselheiro boliviano, Pedro Gumucio Dagron, disse hoje que o processo de nacionalização das reservas de petróleo e gás no país não deve afetar as relações da Bolívia com o Brasil. Para ele, os dois países chegarão a um acordo satisfatório para ambos os lados
Em entrevista à imprensa na Embaixada da Bolívia, em Brasília, Dagron destacou que a ligação entre os governos brasileiro e boliviano não se baseia apenas na extração de petróleo e gás, mas em 332 tratados assinados em diversas áreas.
Quanto às relações na área de petróleo e gás, o ministro conselheiro boliviano, responsável pela área de negócios no Brasil, lembra que os países com empresas na Bolívia têm 180 dias para renegociar os contratos de exploração.
– A Bolívia não fechou as portas à negociação. O que se pretende com a nacionalização não é ato de animosidade. O que a Bolívia quer é estabelecer parceria com o Brasil – defendeu Dagron.
Dragon também disse que o preço do gás natural boliviano vai aumentar pois está defasado. Segundo ele, o valor foi estabelecido com uma cotação do barril do petróleo muito menor do que os mais de US$ 70. Segundo ele, o gás não é uma commoditie como o petróleo, mas seu preço é influenciado pelo preço internacional do petróleo.
Segundo ele, a medida tomada pelo presidente Evo Morales era necessária para melhorar a qualidade de vida dos bolivianos. O ministro conselheiro ressaltou ainda que, como o ato foi soberano, não seria obrigatória qualquer comunicação prévia aos países com empresas exploradoras de petróleo e gás na Bolívia.
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