| 03/05/2006 23h52min
O São Paulo confirmou o favoritismo e garantiu a classificação para as quartas-de-final da Copa Libertadores. Na noite desta quarta, a equipe comandada pelo técnico Muricy Ramalho venceu o Palmeiras por 2 a 1 e carimbou o passaporte para enfrentarGoiás ou Estudiantes, da Argentina, na próxima fase da competição.
O jogo foi marcado por uma série de “lambanças” do árbitro Wilson de Souza de Mendonça. O lance que definiu a classificação são-paulina foi um dos muitos confusos do clássico. Depois de uma jogada que começou graças ao mau posicionamento do árbitro, Júnior invadiu a área e caiu na dividida com Cristian, em lance duvidoso. Na cobrança, Rogério Ceni marcou, mas o árbitro mandou voltar por causa da “paradinha” (liberada pela Fifa) do goleiro. Na repetição, com um chute forte, o goleiro garantiu a vaga.
Com isso, o Tricolor segue com o sonho de conquistar seu quarto título na competição sul-americana. Ainda por cima, mantém alguns tabus na Libertadores: nunca foi eliminado por um clube brasileiro e jamais sentiu o dissabor de uma derrota diante do Palmeiras. Além disso, manteve a escrita de nunca ter sido eliminado nas oitavas-de-final da competição continental.
Como queria o técnico Marcelo Vilar, o Palmeiras começou a partida com uma marcação forte, mas confundindo pegada com violência e cometendo cinco faltas em menos de quatro minutos. Faltou também o equilíbrio ofensivo, já que durante esse tempo a bola não ultrapassou a linha de meio-campo, rondando perigosamente o gol alviverde.
Mais efetivo, o Tricolor não demorou em transformar sua superioridade em gol. O anúncio veio aos 12 minutos, depois de uma bomba de Danilo que carimbou o travessão de Sérgio. Na jogada seguinte, Souza cruzou da direita, Aloísio cabeceou, Sérgio salvou e na sobra, o próprio Aloísio dividiu com o zagueiro Thiago Gomes e saiu para comemorar com a galera: 1 a 0.
Se a situação palmeirense já era desesperadora, piorou depois que Marcinho sentiu contusão e teve de ser substituído por Cristian. Desesperado, o Palmeiras não conseguia respirar e sofria com a pressão são-paulina, que roubava a bola a todo instante e criava chances para ampliar o marcador.
Durante todo o primeiro tempo, o único chute palmeirense ao gol do rival aconteceu aos 29 minutos com Cristian, sem o menor perigo para Rogério Ceni. O São Paulo ainda chegou perto de ampliar mais duas vezes, ambas com Souza. O placar de 1 a 0 acabou ficando de bom tamanho para o time do Parque Antártica, que desceu para os vestiários ainda sonhando com uma possível virada.
Antes de a bola começar a rolar para os 45 minutos finais, o atacante Edmundo deu uma tremenda bronca no árbitro Wilson de Souza Mendonça, que demorou para subir ao gramado e atrasou o início do segundo tempo do clássico desta quarta. Bem-humorado, o apitador levou na esportiva e não puniu o Animal com cartão amarelo.
Com a bola em jogo, o Palmeiras continuou dando mostras de nervosismo no início e batendo até na sombra. Aos sete, Marcinho Guerreiro, que já tinha amarelo, atingiu Leandro com violência, mas não foi punido pela arbitragem e permaneceu em campo. Quando se preocupou somente em jogar futebol, o Alviverde cresceu e chegou ao gol de empate. Aos 12, cobrou falta da direita e colocou a bola na cabeça de Washington: 1 a 1.
Com o empate, a situação se inverteu. O Palmeiras melhorou e começou a complicar a vida são-paulina. Aos 23 minutos, Edmundo partiu em direção ao gol e foi derrubado por Leandro quando se preparava para invadir a área. O são-paulino levou o cartão vermelho e o Animal, com violência, acertou a barreira, perdendo a chance da virada.
Aos 29, polêmica. Mineiro invadiu pela direita e bateu forte. Sérgio defendeu e, na sobra, Danilo tentou o arremate. A bola bateu na mão do volante Wendel e o árbitro, para desespero da torcida são-paulina, mandou o jogo seguir. Foi o último lance do novato palmeirense, que saiu para a entrada de Ricardinho. Já Muricy sacou Aloísio e mandou o atacante Thiago para a batalha.
No momento em que o árbitro Wilson de Souza Mendonça começava a irritar os são-paulinos, a torcida sorriu com um erro. Tudo começou com uma bola tirada por Gamarra que bateu nas costas do apitador e sobrou para Júnior. O lateral arrancou em direção à área, escapou do rapa de Correa, dividiu com Cristian e caiu. O árbitro deu o pênalti e Rogério Ceni, aos 39 minutos, marcou o 61º e mais importante gol de sua carreira... mas o árbitro mandou voltar, acusando a paradinha do camisa um. Na repetição do lance, não teve jeito: gol e classificação são-paulina.
GAZETA PRESSGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.