O Palmeiras mostrou nesta quarta que em clássico não existe favoritismo antecipado. Motivada, a equipe de Palestra Itália, que vinha em crise com a saída de Emerson Leão, usou o apoio de sua torcida e trouxe muitas dificuldades para o atual campeão mundial no empate por 1 a 1 no primeiro confronto das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América.

Agora, a decisão fica para o Estádio do Morumbi na próxima semana. Quem vencer garante a classificação para enfrentar Goiás ou Estudiantes. Os argentinos venceram o primeiro confronto por 2 a 0. Empate sem gols favorece o Tricolor. Já uma igualdade com dois ou mais gols é benéfica ao Verdão.

Pelo Campeonato Brasileiro, os dois clubes voltam a jogar no final de semana. No sábado, o São Paulo enfrenta o Santa Cruz, no Morumbi. No dia seguinte, o Palmeiras busca seu primeiro ponto na competição nacional no clássico diante do Santos, novamente no Parque Antártica.

Como um clássico digno das tradições de Palmeiras e São Paulo, o confronto no Parque Antarctica começou quente. No primeiro minuto, o Verdão tentou incendiar a partida. Edmundo sofreu falta de Josué no meio-de-campo e deu uma peitada no adversário. O árbitro Carlos Eugênio Simon separou os dois, mas evitou mostrar cartão.

Com a experiência de campeão mundial, o Tricolor ficou com o domínio nos instantes iniciais e foi o primeiro a criar oportunidade de gol. Aos quatro minutos, Daniel falhou em uma bola espirrada e deixou de presente para Aloísio finalizar com estilo por cima da meta do goleiro Sérgio.

Preocupado com a força ofensiva do rival, o Palmeiras abusou nas faltas próximas da área. Aos 16 minutos, o goleiro Rogério Ceni recebeu o presente de bater uma infração, mas acertou a barreira. Só que aos 23 minutos, os visitantes abriram o marcador. Fabão despachou a bola para o ataque, Gamarra errou feio no domínio e ajeitou a bola limpa mais uma vez para Aloísio, que, desta vez, invadiu a área e tocou na saída de Sérgio.

Pouco depois do gol, o Verdão teve que queimar a primeira alteração, já que Daniel sentiu contusão e acabou substituído por Thiago Gomes. Na base da vontade, o Palmeiras foi para cima e começou a criar problemas ao adversário. A primeira grande oportunidade do time alviverde veio aos 34 minutos, quando Márcio Careca escapou livre por trás da zaga, mas cruzou errado para Washington.

Na investida seguinte, os donos da casa contaram, porém, com a sorte para empatar. Depois do levantamento da direita, Souza se enrolou com Fabão na hora de afastar e tocou com o braço na bola dentro da área. Carlos Eugênio Simon confirmou o pênalti para desespero dos são-paulinos. Edmundo bateu com imensa categoria e deslocou Rogério Ceni.

Pouco antes do intervalo, o Tricolor ficou perto do segundo gol. Júnior cobrou falta da entrada da área, Sérgio defendeu parcialmente e, na sobra, Thiago cabeceou para fora. Satisfeita com a reação, a torcida palmeirense, ao final do primeiro tempo, aplaudiu sua equipe e pediu a entrada de Juninho Paulista em busca da virada.

Na volta do intervalo, o técnico Marcelo Vilar ignorou o pedido das arquibancadas, mas o Palmeiras continuou elétrico em campo. Aos 10 minutos, Márcio Careca pegou sobra na entrada da área e Rogério Ceni defendeu com muitas dificuldades para, em seguida, Lugano colocar a bola a escanteio.

Com 17 minutos da etapa final, Marcelo Vilar atendeu aos apelos e colocou Juninho Paulista no lugar de Washington. Mas foi o São Paulo que quase marcou. Aos 24 minutos, Thiago bateu quase sem ângulo pelo lado direito e obrigou Sérgio a grande intervenção.

Aos 31 minutos, Muricy promoveu a entrada de Leandro na vaga de Thiago, que perdia muitas bolas no contra-ataque. No primeiro lance, o atacante são-paulino correspondeu às expectativas e deixou Aloísio na cara do gol. Só que o centroavante chutou em cima de Sérgio.

Mais acordado, o São Paulo ficou com o domínio no final. Na última oportunidade, após cruzamento da direita, Josué ajeitou no peito para a finalização de Daniel. Sérgio fez grande defesa e garantiu o empate aos donos da casa.