| 24/04/2006 18h44min
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje que não pode acreditar que seu colega Luiz Inácio Lula da Silva defenda a empresa siderúrgica brasileira EBX. As operações da companhia na Bolívia foram consideradas ilegais.
– Não posso crer que o embaixador do Brasil, o presidente Lula e algumas instâncias do país possam defender empresas que não respeitam as leis bolivianas – disse Morales.
Segundo o Governo de La Paz, a instalação da empresa MMX, filial do grupo EBX do empresário Eike Batista, é ilegal, pois está localizada na zona fronteiriça. Na região, não pode haver propriedade de estrangeiros. A empresa também começou a construção de uma fábrica para produzir ferro fundido sem ter licença ambiental.
Morales afirmou que a EBX está tentando dividir os bolivianos, se referindo aos protestos populares que ocorreram na semana passada na zona fronteiriça. Os manifestantes exigem que o governo conceda a licença ambiental à empresa.
– Não há negociações com uma empresa que está na Bolívia ilegalmente. Por isso, reitero, existem dois caminhos: retirar-se voluntariamente ou iremos expulsá-la – afirmou.
Depois a greve da semana passada, os líderes dos habitantes de Puerto Suárez, Puerto Quijarro e El Carmen Rivero Torrez ameaçam retomar os protestos na próxima quarta-feira se as reivindicações não forem atendidas.
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