Termina na sexta, dia 28, o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IR) de 2006, ano-base 2005. Ao todo, a Receita deve receber 22 milhões de declarações e, segundo estimativas do próprio fisco, este ano mais pessoas devem cair na malha fina do IR, superando as 900 mil do ano passado.

Declarações de última hora aumentam o risco de o contribuinte cair na malha fina. Alguns cuidados simples, que devem ser redobrados nas declarações de última hora, podem evitar a dor de cabeça com o Leão.

– O brasileiro mais uma vez deixou para cumprir sua obrigação no último momento. E quem deixa para fazer a declaração no limite do prazo tem mais chances de errar e cair na malha fina – adverte Joaquim Adir, supervisor nacional do Imposto de Renda.

A maior retenção na malha fina se deve a três fatores principais: aumento dos mecanismos de controle eletrônico da Receita (como o cruzamento de dados com a CPMF e gastos com cartão de crédito), erros cadastrais dos contribuintes que deixam a declaração para a última hora e a tentativa de burlar o Fisco, principalmente sonegando algumas fontes de rendimento ou fornecendo dados incompletos de dependentes e deduções.

– O problema é que depois de cair você pode ficar muito tempo com problemas fiscais. Há casos de quatro anos de demora para resolução de problemas – afirma Paulo Antenor de Oliveira, presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita).

Adir lembra que outros problemas que levam as declarações para a malha fina estão nas informações erradas sobre doações, falta de informações sobre dependentes e omissão de renda, principalmente quando não há retenção do IR na fonte.

– Muitas pessoas pensam que podem enganar o Fisco, mas a maior parte cai na malha fina no primeiro cruzamento da declaração do contribuinte com as informações das fontes pagadoras – afirma.

AGÊNCIA O GLOBO